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MP: Cabral fez mais de 2 mil voos privados com helicópteros do Governo

Denúncia resulta de um levantamento realizado pelo Ministério Público, que revelou também um conta de R$ 20 milhões deixadas pelos voos do ex-gestor

MP: Cabral fez mais de 2 mil voos privados com helicópteros do Governo
Notícias ao Minuto Brasil

06:10 - 02/04/18 por Notícias Ao Minuto

Política Denúncia

Enquanto ocupou o cargo de governador do Rio de Janeiro, de 2007 a 2014, Sérgio Cabral teria realizado pelo menos 2 mil voos para deslocamentos particulares em helicópteros do estado. A denúncia resulta de um levantamento realizado pelo Ministério Público, que revelou também um conta de R$ 20 milhões deixadas pelos voos do ex-gestor, preso desde novembro de 2016.

“O próprio ex-governador poderia, através de um simples telefonema, requisitar uma aeronave com piloto”, disse o promotor de Justiça do Rio de Janeiro Cláudio Calo, em entrevista ao Fantástico, da Rede Globo. “Três aeronaves publicas, simultaneamente, iam ate Mangaratiba pegar a família Cabral, empregados domésticos, inclusive convidados”.

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Segundo o levantamento do Ministério Público, ele 2.281 voos para fins pessoais, privados, e apenas 396 voos em missão oficial. Na época em que foi governador, o estado do Rio de Janeiro tinha sete helicópteros, pelo menos três deles destinados ao uso de Sérgio Cabral. As viagens do ex-gestor teriam incluído 1.033 voos para distâncias irrisórias, de não mais de sete quilômetros (sete minutos de voo), que por terra poderia ser percorrida em no máximo 20 minutos, como revelado na reportagem. O então gestor justificava que assim teria mais segurança, frente às supostas ameaças de morte sofridas por ele.

Desde 2017 o ex-governador foi condenado cinco vezes, a penas que ultrapassam os cem anos de prisão, por crimes como corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Por conta do uso privado dos helicópteros do Governo do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral também será acusado do crime de peculato, que acontece quando o servidor desvia bens de valor público. As investigações cobrem os dois mandatos, de 2007 a 2014.

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