Lula acompanha julgamento ao lado de Dilma e está sereno, diz aliado
Ex-presidente está na sede do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, na cidade de São Bernardo do Campo, desde as 11 horas
© Rodolfo Buhrer / Reuters
Política Habeas Corpus
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegou por volta das 11h ao Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, na cidade de São Bernardo do Campo, onde assiste ao julgamento do seu habeas corpus pelo Supremo Tribunal Federal (STF), desde as 14 horas.
Cerca de 100 militantes já estavam no local desde as 9h, num ato de apoio ao ex-presidente. O clima entre os apoiadores era de tranquilidade, com apresentação de bandas nordestinas e dança.
No momento, pelo menos 200 pessoas acompanham a sessão por meio de um telão. Houve comemoração quando o ministro Gilmar Mendes, segundo a votar, concordou com a concessão do benefício ao petista.
Antes dele, o ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo, e Alexandre de Moraes votaram contra o habeas corpus. Agora, votarão, pela ordem: Luís Roberto Barroso, Rosa Weber, Luiz Fux, Dias Toffoli, Ricardo Lewandowski, Marco Aurélio, Celso de Mello e Cármen Lúcia.
O presidente estadual do PT em São Paulo, Luiz Marinho, afirmou que o ex-presidente está sereno. "O placar do julgamento, nesse momento, não importa. O Lula disse para ficarmos tranquilo e não comemorar antes da hora. Vamos aguardar o resultado final, que é o que interessa", disse a jornalistas.
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O habeas corpus em questão tem como objetivo impedir eventual prisão de Lula após o fim dos recursos na segunda instância da Justiça Federal.
Segundo O Globo, Lula assiste ao julgamento no segundo dos três andares do prédio ao lado do ex-presidente Dilma Rousseff e dos governadores petistas Fernando Pimentel (Minas), Wellington Dias (Piauí) e Tião Vianna (Acre). Também estão com o líder petista Márcio Macedo, um dos vice-presidentes do PT, o presidente do PT de São Paulo, Luiz Marinho, o presidente da CUT, Vagner Freitas, e os ex-ministros Miguel Rossetto e Carlos Gabas.
O ex-presidente obteve salvo-conduto para não ser preso até hoje, já que o julgamento do caso foi interrompido no dia 22 de março pelo STF. Lula foi condenado pelo juiz federal Sérgio Moro a mais de nove anos de prisão e pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), que aumentou a pena para 12 anos e um mês na ação penal do triplex do Guarujá (SP), na Operação Lava Jato.