Justiça nega visita de deputados e de Dilma a Lula
A senadora Gleisi Hoffmann, o ex-senador Eduardo Suplicy (PT) e o ex-ministro Carlos Lupi também foram barrados
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Política Curitiba
Uma comissão formada por deputados, além da ex-presidente Dilma Rousseff, da senadora Gleisi Hoffmann, do ex-senador Eduardo Suplicy (PT) e do ex-ministro Carlos Lupi tiveram o pedido para visitar Lula negados pela 12ª Vara Federal da capital paranaense, nesta segunda-feira (23).
"O presidente Lula não está em regime de isolamento, então por que nós não podemos visitá-lo? É um momento muito difícil da democracia, quando um ex-presidente não pode receber visitas", criticou Dilma.
O ex-presidente está detido, em uma "sala especial", na superintendência da Polícia Federal em Curitiba, desde o último dia 7, por ordem do juiz Sérgio Moro. O magistrado, responsável pela Lava Jato em primeira instância, só autorizou a visita de advogados e familiares do petista.
Lula foi condenado a 12 anos e um mês de prisão, pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro, no caso do triplex no Guarujá (SP).
Governadores de estados brasileiros, o ganhador do Nobel da Paz Adolfo Peréz, e o teólogo Leonardo Boff já tentaram acesso ao ex-presidente, mas também foram barrados pela Justiça.
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Já integrantes da Comissão de Direitos Humanos do Senado conseguiram fazer uma vistoria na cela de Lula, na semana passada, e puderam conversar com o petista. Eles não detectaram irregularidades no espaço, mas se disseram preocupados com o isolamento do político.
O PT tem reivindicado o direito de o ex-presidente receber visitas. Segundo o partido, o benefício é garantido por tratados internacionais dos quais o Brasil é signatário, e também pela Lei de Execução Penal brasileira.