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PSDB paulista entra com representação contra França no MP

partido solicita a instauração de inquéritos civil e criminal para apurar se houve atraso no repasse de recursos para o município de Ocauçu, interior paulista, pelo fato de a prefeita se reunir com João Doria

PSDB paulista entra com representação contra França no MP
Notícias ao Minuto Brasil

15:52 - 24/04/18 por Folhapress

Política Improbidade

O diretório regional de São Paulo do PSDB protocolou uma representação no Ministério Público do estado nesta segunda-feira (23) contra o governador Márcio França (PSB) por improbidade administrativa. O partido solicita a instauração de inquéritos civil e criminal para apurar se houve atraso no repasse de recursos para o município de Ocauçu, interior paulista, pelo fato de a prefeita se reunir com João Doria.

A acusação tem como base áudios divulgados em grupos de WhatsApp na sexta-feira (20) em que um assessor do deputado Abelardo Camarinha (PSB) diz que França teria mandado segurar o repasse de R$ 100 mil de uma emenda destinados a Ocauçu após reunião da prefeita Alessandra Colombo Marana com o ex-prefeito.

Na gravação, feita no dia 5 de abril -antes de França assumir o cargo no lugar de Geraldo Alckmin- Bruno Gaudêncio diz à prefeita: "Seu convênio estava 'no forno' para sair. Vocês foram em uma reunião com o Doria, mandaram umas fotos pro pessoal do Palácio [dos Bandeirantes], o Márcio [França] pediu para segurar algumas, infelizmente você tá no bolo, mas pode ficar tranquila que sai, mais tardar uns dez dias".

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"Tudo bem. Sem problema. Eu aguardo. Eu não escondo de ninguém que eu sou PSDB né? Como que eu faço isso? Só que a turma que trabalha aqui para ele é fiel. E é o que você falou, a verba é divulgado pro Município, independente de partido porque eu trabalho independente de partido", responde Alessandra.

Em nota, o governador Márcio França diz que não conhece os envolvidos no áudio e não autoriza ninguém a falar em seu nome. "Lamentavelmente, mentiras e fofocas fazem parte da eventual disputa eleitoral que se aproxima", afirma.

O assessor Bruno Gaudêncio diz que o teor da conversa é de sua inteira responsabilidade e que em nenhum momento alguma emenda deixou de ser liberada por questões partidárias. "Nunca houve ingerência nenhuma do Palácio, muito menos do governador Márcio França. Ele não era o governador em exercício, era o Geraldo Alckmin", afirmou.

Segundo Gaudêncio, o pagamento da emenda é feito conforme disponibilidade de recursos no caixa do estado e diz que foi uma "falha infeliz" da parte dele, pela "certa liberdade que tinha com a prefeita", citar a reunião com Doria na conversa.

"O PSDB está usando de uma conversa privada entre mim e a prefeita para tentar prejudicar a campanha e a imagem do governador Márcio França, que nada tem a ver com a minha conversa com a prefeita de Ocauçu", declarou.

França e Doria são pré-candidatos ao governo de São Paulo. Em uma troca de farpas recente, o tucano chamou o governador de "Márcio Cuba", que respondeu chamando Doria de mimado e que aparentava estar possuído.

Após o episódio, Doria afirmou que a questão estava superada e que faria uma campanha focada em propostas e não em ataques. Com informações da Folhapress.

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