Haddad nega articulação para chapa com Ciro Gomes
Ex-prefeito de São Paulo esteve reunido com presidenciável do PDT na segunda-feira
© Antonio Cruz/Agência Brasil
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O ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT) afirmou a jornalistas nesta terça-feira (24) que o encontro que teve com o presidenciável Ciro Gomes (PDT), na segunda, não significa nada além do desejo de fortalecer a esquerda para as eleições. "Me encontrei já com o Boulos [Guilherme, candidato à Presidência pelo PSOL], com a Manuela [D'Ávila, presidenciável pelo PC do B]... Esse canal tem que estar desobstruído."
O ex-prefeito disse foi ao encontro, revelado pela Folha de S.Paulo e que contou com a presença do ex-ministro Delfim Netto e do economista Luiz Carlos Bresser-Pereira, como membro da organização do programa de governo da candidatura de Lula.
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Haddad, que é cotado como plano B do PT ao Planalto diante da inelegibilidade do ex-presidente, mas também citado como possível vice de Ciro, afirmou ainda que o tema foi a economia, e não a política. O ex-prefeito afirmou que o programa de governo lulista foi definido pelo próprio ex-presidente, a partir do que ele espera para um terceiro mandato. "O presidente Lula definiu a arquitetura do plano."
Haddad afirmou que os partidos de esquerda precisam se respeitar e que PDT, PSOL e PC do B têm mantido um grau de solidariedade em relação ao ex-presidente.
Questionado se a fragmentação da esquerda não é prejudicial, Haddad respondeu que a direita está ainda mais fragmentada e que cada partido tem sua autonomia e estratégia. "Estamos conversando, mas cada um vai construir o próprio caminho."
O ex-prefeito esteve nesta terça na vigília montada por apoiadores de Lula em frente à Superintendência da Polícia Federal em Curitiba.
Ele estava acompanhado da presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, que comentou a mensagem enviada por Lula para o diretório nacional na segunda.
Ela afirmou que não procede o entendimento de que o ex-presidente estaria abrindo mão de sua candidatura.
Segundo ela, o petista quis dizer que o partido tem liberdade para estabelecer sua estratégia -que ele é um filiado e que vai se submeter.
Outro a defender a candidatura do ex-presidente preso foi o pré-candidato do PT ao governo de São Paulo, Luiz Marinho, à Rádio Bandeirantes. Questionado se sua campanha terá como foco a defesa de Lula e do PT ou suas propostas para o governo do estado, Marinho disse que fará ambos. Segundo ele, o partido tem buscado alianças, citando o PDT e o PC do B como hipóteses.
Ex-ministro e ex-prefeito de São Bernardo do Campo, ele disse não é verdade que os paulistas não votam no PT, uma vez que o partido já chegou ao segundo turno no Estado, feito que pretendem repetir neste ano.
Ele fez críticas aos adversários João Doria (PSDB), Paulo Skaf (MDB) e Márcio França (PSB). Com informações da Folhapress.