Temer sobre 2 anos de gestão: 'Tem sido duro e nos custou popularidade'
Presidente escreveu artigo divulgado nesta terça-feira (15) na Folha de São Paulo
© Ueslei Marcelino / Reuters
Política Opinião
Já se passaram dois anos desde que Michel Temer ocupou o lugar da então presidente Dilma Rousseff e assumiu o comando do país. Nesta terça-feira (15), ele reúne, no Palácio do Planalto, a equipe ministerial e parlamentares da base aliada, para fazer um balanço de seu governo.
O primeiro convite para o evento, divulgado na noite dessa segunda-feira (14), trazia o slogan "O Brasil voltou, 20 anos em 2", e gerou críticas sobre a dupla interpretação da frase. O sentido poderia ser negativo se a vírgula fosse omitida.
A equipe de comunicação do governo acabou recuando e mudando o mote, que passou a ser "Maio/2016 - Maio/2018: O Brasil Voltou".
Para além do encontro de hoje, o presidente escreveu artigo na Folha de São Paulo, em que destaca os números da economia e diz que sua gestão transformou "a mais grave recessão da história em crescimento consistente".
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"Peço alguns instantes de sua atenção para recordar um número de janeiro de 2016. Na Bolsa de Valores, a Petrobras valia R$ 67 bilhões. Pouco mais de dois anos se passaram. Nesta última semana, a Petrobras reconquistou o título de empresa mais valiosa do Brasil. Ultrapassou os R$ 350 bilhões", diz parte do texto.
O Bolsa Família também foi citado. Segundo o presidente, o programa foi ampliado. "Atende hoje 160 mil famílias a mais do que as 14 milhões do seu recorde anterior, em 2014. Está mais acessível para quem precisa porque zeramos a fila, que chegou a ter quase 2 milhões de famílias em maio de 2015", destaca.
Temer ainda comemorou, segundo ele, a redução da violência, que seria uma consequência da criação do Ministério da Segurança Pública e da intervenção federal no Rio de Janeiro. "Os resultados são animadores: o mês de abril já registra considerável redução de crimes violentos e roubos sobre o mês anterior", escreve. "Tem sido duro, difícil, a ponto de nos custar popularidade", completa.
Por fim, o presidente afirma que, em ano eleitoral, "o Brasil e os brasileiros têm uma escolha fundamental". "Continuar no caminho certo, com resultados reais, ou buscar alternativas que podem gerar insegurança, crise, dívidas, inflação, recessão, desemprego, pessimismo e desesperança", pontua.