Após denúncia, Gleisi nega ter recebido dinheiro ilegal
Senadora e presidente nacional do PT teria obtido R$ 885 mil de um esquema de corrupção alvo da Lava Jato, segundo a PF
© Ricardo Stuckert
Política Senadores
A presidente nacional do PT, senadora Gleisi Hoffmann (PR), questionou nesta quinta-feira, 17, em nota, o vazamento do relatório do inquérito da Polícia Federal (PF) que a investigou e que concluiu que foram encontradas evidências de que ela recebeu R$ 885 mil de um esquema de corrupção alvo da Lava Jato. "Como é que um processo que corre em segredo de Justiça tem um suposto relatório vazado para a imprensa, sem que isso seja do meu conhecimento ou da minha defesa? Com que objetivo?", perguntou.
Gleisi afirmou que nunca teve contas pagas por terceiros nem recebeu dinheiro ilegal para si ou campanhas eleitorais. Na avaliação da presidente nacional do PT e senadora pelo Paraná, a investigação se arrasta há dois anos e seis meses e "não concluiu nada, a julgar pelas insinuações levianas, que remetem a terceiros, ao invés de sustentar acusações concretas".
Na opinião de Gleisi, não há qualquer fato ou prova que possa levar à conclusão do relatório. A presidente nacional do PT e senadora lamentou que seja mais uma vez "vítima de calúnias e de perseguição político-judicial-midiática". Nas palavras de Gleisi, há uma sanha de inquéritos em razão das posições políticas dela e por ela ocupar a presidente nacional do partido, "que a Operação Lava Jato e a mídia golpista tratam como inimigo a ser abatido".
Leia a íntegra da nota de Gleisi:
"Como é que um processo que corre em segredo de Justiça tem um suposto relatório vazado para a imprensa, sem que isso seja do meu conhecimento ou da minha defesa? Com que objetivo?
Nunca tive contas pagas por terceiros nem recebi dinheiro ilegal para mim ou para campanhas eleitorais. A investigação a que se refere a reportagem se arrasta há dois anos e meio e não concluiu nada, a julgar pelas insinuações levianas, que remetem a terceiros, ao invés de sustentar acusações concretas. Não há qualquer fato ou prova que possa levar a isso.
Lamento que esteja sendo mais uma vez vítima de calúnias e de perseguição político-judicial-midiática. Só posso entender essa sanha de inquéritos em razão de minhas posições políticas e por estar ocupando a presidência do PT, partido que a Operação Lava Jato e a mídia golpista tratam como inimigo a ser abatido."