Brasil lamenta falta de legitimidade nas eleições venezuelanas
Ministério das Relações Exteriores questionou processo que reelegeu Nicolás Maduro para mais 6 anos de mandato
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Política Nota
O governo do Brasil lamentou profundamente a forma como ocorreram as eleições presidenciais na Venezuela. Sem mencionar a reeleição do presidente Nicolás Maduro, que cumprirá mais 6 anos de mandato, o Ministério das Relações Exteriores questiona, em nota, o processo, levantando dúvidas sobre a liberdade, a transparência e o respeito aos preceitos democráticos. “O pleito do dia 20 de maio careceu de legitimidade e credibilidade”, diz a nota oficial.
Em seguida, o texto, divulgado na manhã desta segunda-feira (21), acrescenta que “o governo brasileiro lamenta profundamente que o governo venezuelano não tenha atendido aos repetidos chamados da comunidade internacional pela realização de eleições livres, justas, transparentes e democráticas”.
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Na nota, o Itamaraty informa que o Brasil manterá a atuação na Organização dos Estados Americanos (OEA) em favor do “restabelecimento da institucionalidade democrática, do Estado de Direito e do respeito aos direitos humanos na Venezuela”.
“[O Brasil] seguirá empenhado em seus esforços de mitigar os efeitos da crise humanitária que vivem os venezuelanos e acolher, de acordo com a legislação nacional e nossas obrigações internacionais, os que ingressem em território brasileiro.”
O Itamaraty ressalta ainda, no texto, que as eleições ocorreram em meio a presos políticos, partidos e lideranças políticas inabilitados, “sem observação internacional independente” nem autonomia entre os Poderes.
“Assim, ao invés de favorecer a restauração da democracia na Venezuela, as eleições de ontem aprofundam a crise política no país, pois reforçam o caráter autoritário do regime, dificultam a necessária reconciliação nacional e contribuem para agravar a situação econômica, social e humanitária que aflige o povo venezuelano, com impactos negativos e significativos para toda a região, em particular os países vizinhos.”