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Fachin manda prender número dois do Ministério do Trabalho

Agentes da Polícia Federal tentaram cumprir mandado contra Leonardo Arantes, mas ele está em Londres

Fachin manda prender número dois do Ministério do Trabalho
Notícias ao Minuto Brasil

13:47 - 30/05/18 por Folhapress

Política Operação

O ministro Edson Fachin, do STF (Supremo Tribunal Federal), determinou a prisão preventiva de Leonardo Arantes, sobrinho do deputado Jovair Arantes (PTB-GO) e secretário-executivo do Ministério do Trabalho, segundo cargo na hierarquia da pasta.

Os agentes da Polícia Federal tentaram cumprir o mandado, mas ele está em Londres, em missão oficial, a serviço do ministério. Os policiais vão negociar com Leonardo para que ele se entregue. Por ora, a Interpol não foi acionada.

Outro sobrinho de Jovair, Rogério Arantes, diretor do Incra, também é alvo de mandado de prisão preventiva, além do ex-secretário de Relações do Trabalho do ministério, Carlos Lacerda.

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A PF apura um esquema de venda de registro sindical na pasta. Os sobrinhos de Jovair foram alvo de uma ação controlada da PF, na qual negociaram a possível liberação de um registro com uma entidade de Goiás.

As tratativas foram feitas com a intermediação de lobistas, contra os quais também há mandados de prisão.

A decisão de Fachin é mantida em sigilo.

Segundo as investigações, o PTB e o Solidariedade, partidos que controlam o Ministério do Trabalho, são os beneficiários do esquema, supostamente liderado pelos deputados Paulinho da Força (SDD-SP), Wilson Filho (PTB-PB) e Jovair.

Lacerda, segundo as apurações, era um dos responsáveis pela manipulação dos processos de registro, permitindo que entidades envolvidas no esquema furassem a fila das concessões. Ele e outras autoridades da pasta são alvo de uma ação de improbidade ajuizada pelo procurador da República Frederico Paiva, de Brasília.

A PF pediu a prisão do presidente do PTB, Roberto Jefferson (RJ), mas a procuradora-geral Raquel Dodge se manifestou contra. Fachin concordou com ela.

A reportagem apurou que Fachin determinou que a PF recolha documentos relacionados a "manutenção e movimentação de contas no Brasil e no exterior", componentes eletrônicos, mensagens, procurações, notificações extrajudiciais, planilhas, procurações, escrituras públicas, minutas contratuais e contratos.

O ministro também determinou que procuradores do Ministério Público Federal acompanhem o cumprimento dos mandados.

De acordo com Fachin, a polícia deve evitar exposição indevida dos alvos, evitando, inclusive, o uso de armamento ostensivo, com uso da força policial apenas em caso de necessidade.

O magistrado determinou ainda que a PF recolha valores acima de R$ 20 mil que não tenham justificativa imediata.

A operação começou a ser organizada no dia 3 de maio e foi autorizada por Fachin no dia 22 de maio. Com informações da Folhapress.

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