Ex-diretor de Educação diz que intermediou propina para Beto Richa
Declarações constam em proposta de delação entregue por Maurício Fanini, preso na operação Quadro Negro, ao MPF
© Marcelo Camargo/Agência Brasil/Arquivo
Política Colaboração
Preso desde maio último, na sede da Polícia Federal em Brasília, por suspeita de desvio de verbas destinadas a reformas e construções de escolas no Paraná, o ex-diretor da Secretaria de Educação do Estado Maurício Fanini entregou proposta de delação premiada ao Ministério Público Federal (MPF).
Nos dez anexos, ele afirma que intermediou o pagamentos de propina para o ex-governador Beto Richa (PSDB), entre os anos de 2002 e 2015. Conta que o dinheiro foi usado nas campanhas do tucano para a Prefeitura de Curitiba e para o Governo do Paraná. Além disso, ainda conforme Fanini, com o montante, Richa teria comprado um apartamento para um dos filhos, Marcello Richa, e bancado viagens pessoais.
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De acordo com informações do portal G1, o acordo ainda não foi fechado. Conforme as investigações da operação Quadro Negro, a estimativa é de que a fraude tenha ultrapassado R$ 20 milhões.
O ex-governador se pronunciou e negou tudo. Para ele, trata-se de "manobra arquitetada às vésperas do período eleitoral".
"Não faço parte desta cena deplorável, onde criminosos confessos buscam envolver pessoas inocentes em crimes que somente eles praticaram. O que esses criminosos pretendem? Ora, a resposta é muito simples! Pretendem conseguir a redução das penas a que certamente serão condenados pelos crimes cometidos e já confessados à Justiça, mesmo que para isso tenham que envolver pessoas honestas", diz trecho da nota divulgada pelo tucano.