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Candidato do PSOL no Rio defende mudar polícia

Tarcísio Motta (PSOL) defendeu que o governo priorize investimento em inteligência e prevenção para combater a violência

Candidato do PSOL no Rio defende mudar polícia
Notícias ao Minuto Brasil

08:28 - 13/06/18 por Folhapress

Política Sabatina

O vereador Tarcísio Motta (PSOL), pré-candidato ao governo fluminense, afirmou nesta terça (12) que a não elucidação do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) revela que o sucateamento da Polícia Civil tem impedido o avanço das investigações no Rio. Marielle morreu há três meses e os mandantes do crime ainda não foram identificados.

"Não há possibilidade de combater o tráfico de armas nem a milícia se não aparelhar a Polícia Civil dos mecanismos suficientes para fazer investigação", disse.

Em sabatina promovida pela Folha de S.paulo, UOL e SBT, o pré-candidato defendeu que o governo priorize o investimento em inteligência e prevenção para combater a violência. Segundo ele, é necessária uma mudança estratégica na atual política de confronto com o crime. "Você está enxugando gelo e derramando sangue", disse.

Seguindo a mesma lógica, Tarcísio também quer valorizar os servidores da segurança pública e mudar o currículo de formação da polícia.

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Neste sentido, o vereador afirmou que a intervenção federal no Rio tem como lógica a continuidade do confronto, sem planejamento. Ele disse que setores de inteligência das Forças Armadas poderiam ser importantes, por exemplo, no controle das armas.

Tarcísio também defendeu anistia para pequenos delitos, antiga pauta de integrantes do PSOL. O objetivo seria oferecer alternativas para o jovem envolvido com o tráfico e, ao mesmo tempo, desafogar o sistema carcerário. "É preciso garantir que esses jovens que hoje estão dentro do esquema do tráfico tenham saídas", afirmou. Segundo ele, esta anistia não englobaria crimes contra a vida.

Ainda sobre o caso Marielle, o vereador chorou ao afirmar que a não elucidação do crime é um desespero e que é preciso transformar o luto em luta. "Se a gente não sabe quem foi o autor daquele tiro, a gente sabe por que ela morreu. Porque ela defendia as pautas que a gente vai estar defendendo." Marielle era cotada para ser vice na chapa de Tarcísio.

Para combater a crise fiscal no estado, Tarcísio defendeu renegociar a dívida com o governo federal e cobrar a dívida ativa de empresas. Ele também quer rever o que chama de "política criminosa de isenção fiscal" e tornar progressiva a tributação. "Não dá para dar isenção para os amigos do rei que, de fato, não geram nenhum emprego." Com informações da Folhapress.

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