Meteorologia

  • 22 NOVEMBRO 2024
Tempo
--º
MIN --º MÁX --º

Edição

PC do B apoiou Cabral para sustentar governos do PT, diz pré-candidato

Leonardo Giordano, vereador de Niterói, vai disputar governo do Rio de Janeiro

PC do B apoiou Cabral para sustentar governos do PT, diz pré-candidato
Notícias ao Minuto Brasil

12:04 - 13/06/18 por Folhapress

Política Sabatina

Leonardo Giordano, vereador de Niterói e pré-candidato do PC do B ao governo do Rio de Janeiro, justifica o apoio do partido às administrações de Sergio Cabral (MDB), ex-governador, e Eduardo Paes (DEM), ex-prefeito, de forma pragmática. Segundo ele, o objetivo era promover a sustentação do PT no plano nacional, com Lula e Dilma Rousseff, que mantinham aliança com as duas principais figuras da política carioca à época.

"O PC do B nunca foi o partido que usou guardanapo na cabeça", afirmou Giordano em sabatina promovida pela Folha de S.Paulo, UOL e SBT. O pré-candidato refere-se ao episódio que ficou conhecido como a "farra dos guardanapos", envolvendo Cabral e aliados, hoje investigados na Lava Jato, como o ex-secretário da Saúde Sérgio Côrtes e o empresário Fernando Cavendish.

Questionado sobre a deputada federal Jandira Feghali, liderança do PCdoB no estado, ter assumido a secretaria da Cultura no governo Paes, Giordano argumentou que o apoio político no regime de coalizão prevê a participação dos partidos no governo. O pré-candidato aproveitou para marcar o distanciamento daquela administração. "Nunca participei, concordei ou estive junto dessa gente", disse.

'Se tem um nome que eles têm medo se chama Lula', diz Lindbergh

Na mesma linha crítica aos governos anteriores, Giordano defendeu uma frente de esquerda para combater a candidatura de Paes, definido por ele como herdeiro de Cabral. O DEM trata a candidatura como certa, mas o ex-prefeito ainda não a oficializou.

Giordano disse que, em nome de uma união de esquerda, estaria disposto a abrir mão de sua candidatura, mas que tentaria, primeiro, aglutinar os demais partidos em torno dela.

PROPOSTAS

Para combater o crime, Giordano defendeu a estruturação de um plano de segurança com especialistas, sociedade civil e policiais, priorizando o investimento na investigação. Segundo ele, o governo privilegia a ostensividade e as ações-espetáculo. "Não adianta trazer o Exército para fazer mais do mesmo", afirmou.

Giordano disse que poderia contar com o apoio das Forças Armadas e da Polícia Federal de maneira mais estratégica, como na apreensão de armas. "O que se faz no Rio de Janeiro é a aplicação de um não raciocínio."

O pré-candidato ressaltou que nada disso seria possível, no entanto, sem retomar o desenvolvimento econômico do estado. "As soluções têm que ser compostas", afirmou.

Para isso, na visão de Giordano, o Estado deve funcionar como o indutor da retomada do desenvolvimento. Ele prometeu romper com o Regime de Recuperação Fiscal, securitizar a dívida estadual, cobrar os impostos dos quais o estado abre mão com a lei Kandir e taxar bens de luxo.

Ele disse considerar que o governo do Rio tem se comportado como um cordeirinho diante da administração do presidente Michel Temer (MDB) e defendeu a necessidade de brigar pelos interesses do estado.

SABATINAS

Além de Giordano, já foram entrevistados o juiz Wilson Witzel (PSC), Rubem César (PPS), Índio da Costa (PSD), Anthony Garotinho (PRP) e Tarcísio Motta (PSOL).

No dia 15, participa da série o pré-candidato Pedro Fernandes (PDT).

As sabatinas ocorrem às 9h no estúdio do SBT, na zona norte do Rio de Janeiro, sem a presença de público. Com informações da Folhapress.

Campo obrigatório