STJ envia ação contra Pimentel para Justiça Eleitoral de MG
Processo faz parte da Operação Acrônimo, que investiga esquema de lavagem de dinheiro em campanhas eleitorais
© José Cruz/Agência Brasil
Política Restrição
O ministro Herman Benjamin enviou uma ação penal contra o governador Fernando Pimentel (PT) à Justiça Eleitoral de Minas Gerais nessa terça-feira (26). O processo faz parte da Operação Acrônimo, que investiga esquemas de lavagem de dinheiro por meio de serviços de gráficas e agências de comunicação em campanhas eleitorais.
Segundo o G1, Pimentel é suspeito de ter utilizado uma gráfica durante a campanha eleitoral de 2014 e não ter declarado valores, além de receber "vantagens indevidas".
O governador de Minas também está sendo investigado por suposto tráfico de influência quando era ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, cargo que ocupou entre janeiro de 2011 e fevereiro de 2014.
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De acordo com a denúncia, Pimentel intermediou a contratação de um empréstimo pela construtora JHSF com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A empresa é a responsável pelo aeroporto Catarina, em São Roque, na Região Metropolitana de São Paulo. O valor obtido com o banco teria sido usado para compensar Pimentel pelo lobby feito para que o grupo operasse no aeroporto.
O governador nega as acusações.
A transferência da ação para a Justiça Eleitoral atende à decisão sobre restrição de foro, que diz que o TSJ só deve julgar governadores em crimes cometidos durante o mandato e relacionados ao exercício do cargo. Segundo o advogado de Pimentel, Eugênio Pacelli, a transferência do processo para o estado atende a um pedido da defesa.
Ainda não há prazo para que a Justiça Eleitoral em Minas Gerais analise a ação penal.