Não dá para admitir chicana de Moro, diz Boulos sobre soltura de Lula
Presidenciável diz que não se podem aceitar 'manobras da primeira instância' e que momento não é de pensar sobre corrida eleitoral
© Ricardo Stuckert / Divulgação
Política Reação
O presidenciável Guilherme Boulos, do PSOL, afirmou neste domingo (8) que a decisão de soltar o ex-presidente Lula é uma vitória da democracia e deve ser cumprida imediatamente.
À Folha de S.Paulo, Boulos disse que não se podem aceitar "manobras da primeira instância" do juiz Sergio Moro e que momento não é de pensar sobre corrida eleitoral.
"Cobramos que o alvará de soltura seja cumprido imediatamente, Lula já deveria estar solto. Não podemos aceitar manobras da primeira instância ou mesmo dos desembargadores contrários", disse.
Neste domingo, o desembargador Rogério Favreto, do TRF-4, acatou habeas corpus apresentado na sexta (6) pelos deputados Wadih Damous, Paulo Pimenta e Paulo Teixeira, do PT, pedindo que ele fosse libertado imediatamente, pois não haveria fundamento jurídico para a prisão dele.
+ Desembargador ignora Moro e determina que Lula seja solto imediatamente
Em reação à liminar, Moro diz que não cumprirá decisão pois desembargador é, segundo ele, incompetente.
Em rede social, o coordenador do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto), chamou de chicana despacho publicado por Moro dizendo que não cumprirá a decisão do TRF-4.
"Não dá para admitir chicana do juiz Sergio Moro. Juiz de primeira instância não pode desafiar ordem da segunda instância. Escandaloso! Ele acha que é xerife do Brasil?", afirmou.
Segundo Boulos, lideranças dos partidos de esquerda e movimentos sociais já se articulam para fazer ato. O local, se em Curitiba ou São Bernardo do Campo (SP), ainda não está definido.
"Lula está preso injustamente, soltá-lo é um restabelecimento da Justiça", afirmou. Com informações da Folhapress.