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Senadora pede investigação sobre ameaças a juiz que mandou soltar Lula

Entre as pessoas que se dirigiram a Rogerio Favreto está o general do Exército Paulo Chagas: "Desembargador petralha", escreveu no Twitter

Senadora pede investigação sobre ameaças a juiz que mandou soltar Lula
Notícias ao Minuto Brasil

09:26 - 10/07/18 por Notícias Ao Minuto

Política Plenário

A senadora Lídice da Mata (PSB-BA) pediu nesta segunda-feira (9) que o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) investigue quem ameaçou o desembargador Rogerio Favreto depois de sua decisão pela liberdade do ex-presidente Lula.

No domingo (8), apoiadores do pré-candidato a presidente Jair Bolsonaro (PSL) começaram a espalhar, em grupos de WhatsApp, o número do celular do magistrado. Segundo a Folha de S. Paulo, o contato do juiz foi distribuído com pedidos para que as pessoas contrárias ao habeas corpus manifestassem repúdio à decisão.

+ Entenda a estratégia do PT ao pedir liberdade de Lula

O general do Exército Paulo Chagas também usou seu perfil no Twitter para ameaçar e xingar o desembargador. "GAUCHADA!!!!! O nome dele é Rogério Favreto, é um desembargador petralha, está de plantão no TRF4. Será fácil encontrá-lo para manifestar-lhe, com a veemência cabível, a nossa opinião sobre ele e sua irresponsabilidade. Ele é + um apaixonado pelo ladrão maior. Conversem com ele!!“, escreveu.

Em seu pronunciamento no Senado, Lídice da Mata ainda destacou que a decisão de Favreto foi suspensa em um episódio que, segundo ela, contou com a participação indevida de magistrados em férias. Isso tudo, na opinião dela, reforça a tese de que parte do poder Judiciário tem agido de forma parcial, para impedir que o ex-presidente Lula participe do processo eleitoral.

"O que ficou claro para o Brasil é que, mais uma vez, parte da Justiça brasileira está claramente empenhada em perseguir a figura do presidente Lula. E que o juiz Sérgio Moro chega ao extremo de transformar isso numa causa pessoal e não num caso que interessa ao Estado brasileiro, donde, de férias ou afastado do processo, ele se acha no direito de interferir", afirmou.

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