Favreto já era alvo de ações no CNJ por 'insinuar' críticas à Lava Jato
Desembargador mandou soltar o ex-presidente Lula, no último domingo (8), durante seu plantão no TRF-4, e causou impasse jurídico
© Sylvio Sirangelo/TRF4 - Flickr TRF-4
Política Reclamação
O desembargador Rogério Favreto, do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), que concedeu habeas corpus ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, já era alvo de 10 reclamações disciplinares no Conselho Nacional de Justiça (CNJ), antes da decisão do último domingo (8).
Durante o seu plantão no tribunal, ele determinou a soltura do petista e causou um impasse no Judiciário. Isso porque, além do juiz Sérgio Moro, responsável pela condenação de Lula em primeira instância, o também desembargador Pedro Gebran Neto, relator da Lava Jato na Corte, se manifestaram contra a liberdade do ex-presidente.
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Entre idas e vindas, o caso só foi encerrado depois que o presidente do TRF, Thompson Flores, derrubou o habeas corpus. Ele considerou que deveria ser preservada a revogação da soltura do petista, feita por Gebran Neto.
Entre os 10 processos abertos contra Favreto, de acordo com informações do blog do Matheus Leitão, no portal G1, oito são referentes à decisão do desembargador no caso do triplex do Guarujá, que levou à condenação do petista a 12 anos e um mês de prisão, pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro.
Favreto chegou a comentar publicamente decisões do poder Judiciário e insinuou críticas ao juiz Sérgio Moro e à condução da operação Lava Jato. A apuração do caso, no entanto, foi arquivada em junho de 2017.