Na web, Bolsonaro tenta minimizar isolamento e rejeição de partidos
Nas redes sociais, o presidenciável se esforça para construir uma narrativa que passe longe da rejeição que tem sofrido
© Reuters / Adriano Machado
Política Presidenciais
Um dia após o general reformado Augusto Heleno dizer que não será vice de Jair Bolsonaro (PSL) porque dirigentes de seu partido, o PRP, disseram que não é de interesse da sigla compor a chapa, o presidenciável usou as redes sociais para rebater notícias sobre isolamento.
"A maioria da imprensa cria falsa narrativa como se tivesse sido descartado por fulano e cicrano (sic). Jamais me comprometi com nenhum dos citados. Sempre deixei claro que meu partido é o povo e agora tentam desonestamente inverter a situação para mais uma vez nos descredibilizar!", tuitou.
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Heleno foi a segunda tentativa frustrada do partido de conseguir um vice para Bolsonaro. O senador e cantor evangélico Magno Malta (PR-ES) foi a primeira. Chamado pelo pré-candidato de vice dos sonhos, o senador desistiu da disputa para buscar a reeleição e Bolsonaro viu escapar uma aliança com o PR, que agregaria 45 segundos ao tempo de TV.
Nas redes sociais, o presidenciável se esforça para construir uma narrativa que passe longe da rejeição que tem sofrido.
"Não tenho obsessão pelo Poder. Queremos fazer diferente. Se for para fazer igual a todos estamos fora sem problema algum", afirma.
Num vídeo, gravado nesta quinta-feira (19) antes de seguir para uma agenda em Rio Verde, Goiás, o deputado federal se diz perseguido por falar a verdade ao contrário de outros candidatos e cita reportagens de diferentes veículos que tentam desqualificá-lo com base em votações dos anos 1990.
A crítica aos meios de comunicação, aliás, é comum em suas postagens, com trechos editados de programas televisivos e manchetes não favoráveis que ataca.
Para justificar a posição que tem sobre negros, mulheres e homossexuais, o capitão reformado busca se defender com mensagens daqueles que apoiam suas propostas, que passam longe do que ele chama de vitimismo.
"Qualquer política que tenha como consequência a segregação da sociedade, como se os fins justificassem os meios, não receberá nosso apoio. Chega de colocarem pais contra filhos, homens contra mulheres, negros contra brancos. Para o Brasil voltar a crescer, também é preciso união!", disse.
O trabalho para mudar a imagem por meio das redes não é de hoje. Em agosto do ano passado, Bolsonaro publicou uma imagem com frases atribuídas por ele ao ex-presidente Lula, como "Cadê as mulheres do grelo duro do nosso partido?" e "Pelotas é a cidade polo, né? Exportadora de Veado!".
No post, o deputado resume: "homofobia, racismo, misoginia e nazismo! Era o Lula e vc (sic) não vê por aí nenhum 'especialista' falar nada... ah, se fosse um tal de Bolsonaro!". Com informações da Folhapress.