Sem unidade na esquerda, Manuela D'Ávila diz que seguirá candidata
Em Aracaju, presidenciável negou que está disputando legado de Lula
© Adriano Machado/Reuters
Política Eleições
A pré-candidata do PC do B à Presidência da República, Manuela D'Ávila, afastou nesta segunda-feira (23) a possibilidade de sair da disputa. Em conversa com jornalistas em Aracaju, ela declarou que o apelo da sigla pela união dos partidos de esquerda não se concretizou.
"Ao que tudo indica, nosso apelo pela unidade não está tendo êxito. Então, o que posso eu fazer se não receber com muita honra o desafio que me foi lançado pelo meu partido e que creio tem sido exitoso", disse Manuela.
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Neste domingo (22), o PC do B aprovou uma resolução pedindo a união dos partidos de esquerda já no primeiro turno em resposta à adesão do centrão à candidatura do tucano Geraldo Alckmin.
Ao lado do prefeito da capital sergipana, Edvaldo Nogueira, ela comparou a relação do partido com o PT no estado a de irmãos, citando como um exemplo do que o PC do B entende como unidade.
"Unidade não é quando um partido se coloca como o grande partido diante dos outros, mas quando os outros partidos podem construir um projeto político comum. Nós estamos tentando fazer isso", afirmou.
Ao ser questionada sobre o encontro do partido com a presidente nacional do PT, a senadora Gleisi Hoffmann, a presidenciável disse que o TSE tem dado sinais de que reconhecerá o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como candidato e negou que o partido esteja disputando votos do petista.
"Nós não disputamos o legado do ex-presidente Lula porque nós o reconhecemos como um candidato legítimo de um partido historicamente aliado nosso, que é o PT. Ao que tudo indica, o Tribunal Superior Eleitoral também reconhecerá essa candidatura e ele disputará as eleições até o seu término", declarou.
A convenção que vai oficializar a candidatura de Manuela D'Ávila será em 1 de agosto. Com informações da Folhapress.