Haddad: Candidatura de Lula será difícil, mas não jogaremos a toalha
O ex-prefeito Fernando Haddad reconhece que é difícil que a Justiça permita a candidatura de Lula à Presidência
© Ricardo Stuckert / Divulgação
Política PT
Em entrevista promovida pelo banco BTG Pactual, nesta quinta (9) em São Paulo, o ex-prefeito Fernando Haddad disse que considera difícil que a Justiça permita a candidatura de Lula à Presidência, mas que o PT não desistirá de lançá-lo para a disputa.
"Não vamos jogar a toalha", afirmou. Vice na chapa do PT encabeçada por Lula, Haddad representou o ex-presidente no evento. Lula está preso em Curitiba, condenado por corrupção e lavagem de dinheiro.
Haddad afirmou que a Lei da Ficha Limpa oferece ainda um recurso para que os candidatos tentem garantir na Justiça o direito de concorrer. Condenado por um tribunal de segunda instância, Lula está, em tese, inelegível pela norma, sancionada por ele mesmo em 2010.
A conversa foi conduzida pelo jornalista e colunista da Folha de S.Paulo Reinaldo Azevedo, que reiterou sua opinião de que Lula foi condenado sem provas.
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Para o ex-prefeito, uma vitória de Lula seria uma forma de reparação para o que ele julga uma prisão injusta.
Haddad afirmou que Lula é uma liderança já testada, o nome mais credenciado para conduzir a economia e avanços sociais no país.
Ele afirmou que um governo do PT adotaria uma política fiscal robusta, o que teria sido a marca do governo Lula.
Na avaliação de Haddad, o presidente eleito não sairá forte das urnas, o que demandará a construção de uma agenda de Estado, inclusive trabalhando com a oposição.
"Fazendo essa agenda bem feita, o investimento voltará."
Segundo ele, o PT também estaria disposto a apoiar medidas de que o Brasil precisa propostas por outro candidato, seja de que partido for.
Haddad afirmou ainda que o PSDB fez um péssimo negócio ao apoiar o impeachment e se aliar ao MDB. "Não fez o que uma pessoa honrada deveria fazer, defender a honra de seus adversários."
Como exemplo do que avalia ser uma atitude honrada, disse que nunca ouviu um empresário citar uma conduta inadequada de Geraldo Alckmin, presidenciável pelo PSDB. Com informações da Folhapress.