Com indefinição do PT, Ciro tenta ocupar espaço da sigla no Nordeste
Só nesta semana, a intenção de Ciro é visitar cinco estados: Pernambuco, Ceará, Maranhão, Natal e Sergipe
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Política Eleições
Com a indefinição sobre a candidatura petista, o candidato do PDT à sucessão presidencial, Ciro Gomes, tentará ocupar o vácuo da ausência do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na disputa eleitoral e se consolidar como o principal herdeiro de suas intenções de voto.
Em uma estratégia de se apresentar como o nome mais competitivo da esquerda, ele fará a partir da quinta-feira (6) um périplo pelo Nordeste, considerado o principal reduto eleitoral do petismo nas últimas disputas presidenciais.
Só nesta semana, a intenção é visitar cinco estados: Pernambuco, Ceará, Maranhão, Natal e Sergipe. Nas viagens, ele deve participar de eventos regionais de campanha, fazer corpo a corpo com eleitores e caminhadas em áreas urbanas.
A estratégia também deve ser reproduzida no discurso do candidato. A ideia é que ele reforce a defesa de políticas de distribuição de renda, além de oferecer propostas para redução do desemprego e melhora no atendimento da rede pública de saúde, demandas dos eleitores da região.
A ideia é ocupar o espaço deixado por Lula antes que o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad, ainda desconhecido de parcela do eleitorado, seja apresentado como o substituto do ex-presidente na disputa presidencial deste ano.
Apesar da vontade de Haddad de ser lançado imediatamente como o candidato petista, Lula ainda insiste na defesa de sua própria candidatura, recorrendo ao STF (Supremo Tribunal Federal) contra decisão do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) que barrou seu nome com base na Lei da Ficha Limpa.
A demora tem limitado a atuação de Haddad. À espera de uma definição, ele tem encontrado até agora dificuldades em se estabelecer como o herdeiro das intenções de voto do petista.
A última pesquisa Datafolha, divulgada na semana retrasada, mostrou que Lula teria 39% das intenções de voto. Com Haddad como candidato petista, o percentual cai para 4%.
Segundo o levantamento, hoje os principais beneficiados pela saída do ex-presidente da disputa eleitoral são Marina Silva (Rede) e o próprio Ciro. Com informações da Folhapress.