Na televisão, PT e PSDB miram voto feminino
A estratégia é retomar eleitorado que tradicionalmente vota no PSDB, mas que neste ano migrou para Bolsonaro
© Pixabay
Política Horário
A rejeição de 49% das mulheres a Jair Bolsonaro (PSL), em dados do Datafolha, deu munição aos adversários do candidato líder na corrida eleitoral à Presidência. Especialmente àqueles que têm mais tempo no horário eleitoral: Fernando Haddad (PT) e Geraldo Alckmin (PSDB).
É o tucano que tem apostado em um confronto mais incisivo, porém. Na propaganda exibida na noite desta terça (25) na TV, foi reproduzido o lema #EleNão, lançado por ativistas mulheres contra o capitão reformado.
O programa também deu mais espaço à candidata a vice Ana Amélia (PP) e reproduziu antigos depoimentos de Bolsonaro, apontados como ofensivos às mulheres e aos homossexuais.
A apresentadora do programa diz: "é preciso ter cuidado para não escolher quem trata as mulheres assim". Em seguida são exibidas imagens do presidenciável empurrando a deputada Maria do Rosário (PT). O confronto ocorreu em 2003.
+ 'Objetivo é só atrapalhar mesmo', diz Alckmin sobre denuncia do MP-SP
"No Brasil, 30 milhões de famílias brasileiras são chefiadas por mulheres. Para o vice de Bolsonaro, famílias só com mães e avós são fábricas de desajustados", diz-se em off, em referência a frase do general Hamilton Mourão.
A estratégia é retomar eleitorado que tradicionalmente vota no PSDB, mas que neste ano migrou para Bolsonaro.
A campanha do Partido dos Trabalhadores não parte para o mesmo tipo de confronto, mas tira uma casquinha das manifestações.
O programa desta terça abriu com imagens de um condomínio em Cidade Tiradentes, São Paulo, e colocou em destaque as mães que participaram de mutirão para erguer os edifícios financiados pelo programa Minha Casa Minha Vida.
Também deu destaque à vice Manuela D'Ávila e mostrou Haddad sempre ao lado de sua mulher, Ana Estela. Com informações da Folhapress.