Boneco inflável de Mourão começa tour por São Paulo
O boneco do general da reserva já existe há anos e pertence a um grupo de manifestantes que defendem a intervenção militar
© Wilson Dias/ Agência Brasil
Política Eleições
Um boneco inflável de cerca de 12 metros do general Hamilton Mourão (PRTB), vice do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL), começou um tour pelos principais pontos de São Paulo que deverá durar até o final do período eleitoral. Neste sábado (29), ele foi inflado pela manhã em frente ao estádio do Pacaembu, e amanhã marcará presença na Avenida Paulista, durante manifestação a favor de Bolsonaro.
O boneco do general da reserva já existe há anos e pertence a um grupo de manifestantes que defendem a intervenção militar. Segundo eles, o avatar foi confeccionado devido a declarações pró-intervenção de Mourão quando ainda estava na ativa no Exército, antes de se tornar companheiro de chapa de Bolsonaro.
"Criamos em 2014 esse boneco. Não foi confeccionado por causa da eleição, mas agora estamos usando para isso. Esse boneco rodou muito. Pessoal usou muito no Rio de Janeiro, montamos na frente do Maracanã durante a Copa do Mundo", diz Davi Benedito, 57, microempresário e membro de grupo pró-militares chamado Resistência Paulista.
As falas de Mourão a favor de uma intervenção fizeram com ele fosse destituído de cargo de secretário de Economia e Finanças do Exército no final de 2017, pouco antes de ir para a reserva, em março de 2018."Esse boneco está todo remendado, enfaixado, foi todo esfaqueado por gente de oposição. Ele estava no Distrito Federal, passou muito tempo no Rio de Janeiro, e aqui em São Paulo fica sob minha tutela", completa.
Sobre Mourão, o apoiador explica que espera dele, como vice, a intervenção militar e o combate à corrupção. A respeito das recentes declarações controversas do general, ele diz que "realmente ele dá umas rateadas por não ser político". "Ele não tem que ficar inventando coisas, falando folclores, jabuticabas. Responde seco."
Benedito explica que o boneco gigante foi financiado por um empresário rico que teria morrido na França no ano passado. Desde então, ele e outros manifestantes cuidam do boneco, que inclui um gerador para inflá-lo. Ele seria, então, diferente do boneco inflável de Bolsonaro que foi montado durante a internação do candidato no hospital Albert Einstein, em São Paulo, que foi criado por um empresário e é alugado por manifestantes. Com informações da Folhapress.