Bolsonaro ironiza ida de mulheres às ruas: ‘Minorias contra mim’
O candidato do PSL à Presidência disse que “não existe rejeição” do eleitorado feminino contra ele
© Adriano Machado/ Reuters
Política Eleições
O deputado Jair Bolsonaro concedeu entrevista ao jornal “O Globo” neste domingo (30) e minimizou as manifestações convocadas por mulheres na campanha #EleNão e que reuniram milhares de pessoas contra ele nas ruas de 26 estados e do Distrito Federal, além de 66 cidades do exterior, no sábado (29), mesmo dia em que ele deixou o hospital Albert Einstein, em São Paulo, e foi para a casa, no Rio de Janeiro.
“Sobre as manifestações de ontem, só vi um certo vulto no Rio de Janeiro e em São Paulo. No resto do Brasil foi um desastre. São apenas minorias contra mim, não existe isso de rejeição de eleitorado feminino ao meu nome”, disse o candidato do PSL à Presidência da República.
Considerando a última pesquisa Datafolha, divulgada na sexta-feira (28), a declaração de Bolsonaro soa incoerente. Segundo os dados, o presidenciável enfrenta uma rejeição crescente entre as mulheres: ele pulou de 49% para 52%.
Além disso, de acordo com o TSE, o Brasil conta com 147,3 milhões de eleitores, 4,5 milhões a mais que em 2014. Desse número, as mulheres são maioria: 7,5 milhões de votos a mais que os homens.
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DECLARAÇÃO SOBRE POSSÍVEL DERROTA NAS URNAS
Na mesma entrevista, Bolsonaro foi questionado mais uma vez sobre a declaração dada ao apresentador José Luiz Datena na última sexta-feira (28). Na ocasião, ele disse: “não aceito o resultado das urnas diferente da minha eleição".
No sábado (29), em entrevista à TV Globo, ele voltou a defender sua fala e afirmou que "não dá para a gente aceitar passivamente na fraude" uma eventual derrota.
Neste domingo (30), o capitão reformado tentou explicar o que disse nos dois dias anteriores.
“Sei que não tenho nada para fazer (em caso de derrota). O que quis dizer é que não iria, por exemplo, ligar para o Fernando Haddad depois e cumprimentá-lo por uma vitória”, declarou.
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