Haddad: 'Temos uma Justiça analógica para lidar com problemas virtuais'
Ele comentava reportagem da Folha de S.Paulo que revelou nesta quinta (18) que empresários pagaram até R$ 12 milhões para comprar disparos em massa contra Haddad no Whatsapp
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Política Eleições
O presidenciável Fernando Haddad (PT) afirmou a jornalistas na tarde desta sexta-feira (19) que o país tem uma Justiça analógica para lidar com problemas virtuais.
Ele comentava reportagem da Folha de S.Paulo que revelou nesta quinta (18) que empresários pagaram até R$ 12 milhões para comprar disparos em massa contra Haddad no Whatsapp.
O PT entrou com pedido na Justiça para que Bolsonaro fique inelegível por oito anos.
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O petista também sugeriu que a eleição já foi comprometida em outras esferas, argumentando que parlamentares foram eleitos em meio a este contexto de irregularidades.
Haddad participou de um evento no Clube da Engenharia, no centro do Rio de Janeiro.
Em discurso para apoiadores, criticou a cobertura do Jornal Nacional sobre o caso revelado pela Folha de S.Paulo, tratado pelo petista como um "tsunami cibernético".
Haddad disse que assiste pouco ao programa, mas que ficou curioso sobre como o JN trataria uma denúncia do maior jornal do país.
"[O Jornal Nacional disse que] o Haddad está acusando o Bolsonaro disso e daquilo. Mas não fui eu que fiz a reportagem, eu só estava verbalizando uma indignação."
Haddad também lamentou que a repórter da Folha de S.Paulo tenha sido ameaçada após a divulgação da matéria que revelou o financiamento dos empresários no Whatsapp.
"A repórter está sendo ameaçada, evidentemente, porque meu adversário não convive bem com o jornalismo livre. E nós não temos jornalismo livre, quatro famílias controlam a comunicação no Brasil", disse.
"Quem batia no peito dizendo que a Justiça Eleitoral não iria aceitar fake news [ficou em] silêncio absoluto sobre a denúncia de ontem."
O petista também voltou a chamar Bolsonaro para debater e disse que não sabe contra quem está concorrendo.
Haddad afirmou aos apoiadores, ainda, que o país teve que voltar a defender pautas dos anos 50, como a Petrobras e a CLT, e dos anos 70, como a Amazônia e a soberania nacional.
Ele disse que Bolsonaro invoca uma tradição do regime militar que não representa. Para Haddad, a ditadura tinha um viés nacionalista, enquanto o candidato do PSL é entreguista. Com informações da Folhapress.
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