TSE descarta ação de Bolsonaro contra Haddad por shows de Roger Waters
Equipe do presidente eleito classificou manifestações do cantor inglês como 'showmícios' do PT e pediu cassação dos direitos políticos de Haddad e Manuela
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Política Polémica
O ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Jorge Mussi extinguiu a ação movida pela campanha do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) pedindo a cassação dos direitos políticos do então candidato Fernando Haddad (PT) e da sua vice Manuela D'Ávila (PCdoB) por conta das manifestações de Roger Water contra o militar em shows. A equipe de Bolsonaro classificou como "showmícios" em favor da chapa.
Como publicado pelo 'UOL', os sócios da produtora responsável pela turnê do artista, a T4F, também foram contestados com pedido de quebra de sigilo bancário e apresentação de documentos para verificar a relação das apresentações com recursos da Lei Rouanet.
Na decisão, Mussi entendeu que "sanções de inelegibilidade e cassação do registro ou diploma, previstas na Lei Complementar nº 64/90, não podem ser cominadas a pessoas jurídicas", como pleiteou a campanha de Bolsonaro.
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A decisão foi publicada nessa terça-feira (30) e ainda pode ser contestada. Procurada pelo site, a assessoria do militar não informou se pretende recorrer.
Em suas apresentações no Brasil, Roger Waters, que já é conhecido pelo seu ativismo político, projetou a hashtag "#EleNão" no telão e relacionou, junto de nomes como Donald Trump e Marine Le Pen, ao movimento neofascista. Os protestos foram recebidos pelo público com vaias e aplausas em sete capitais brasileiras.