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Defesa de Lula acusa Moro de prejudicar candidatura do PT

Juiz federal aceitou convite para Ministério da Justiça

Defesa de Lula acusa Moro de prejudicar candidatura do PT
Notícias ao Minuto Brasil

14:05 - 01/11/18 por ANSA

Política Repercussão

A defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva acusou nesta quarta-feira (31) o juiz federal Sergio Moro, futuro ministro da Justiça e Segurança Pública, de ter tomado "ações planejadas" para prejudicar a candidatura do Partido dos Trabalhadores (PT) nas eleições presidenciais. As informações são do site de notícias paranaense "Paraná Portal".   

A acusação consta nas alegações finais do processo que Lula responde por supostamente ter recebido um imóvel em São Bernardo do Campo, além de um terreno que seria usado para o Instituto Lula, como pagamento de propina pela empreiteira Odebrecht, uma das empresas envolvidas no escândalo de corrupção deflagrado pela operação Lava Jato.   

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Entre as ações citadas pelo advogados, destacam-se "diversas medidas ilegais e arbitrárias contra o defendente [Lula] com o objetivo de promover o desgaste da sua imagem e da sua reputação", autorização de interceptação do principal ramal de um dos escritórios de advocacia que defendem o ex-presidente; participação de Moro em diversos eventos promovidos por adversários políticos de Lula, alguns apoiados por Bolsonaro; a decisão de Moro, que, mesmo estando em férias, atuou para que "fosse negado cumprimento a uma decisão proferida por um desembargador federal para colocar o defendente em liberdade em razão da sua condição de pré-candidato a presidente da República"; e o levantamento de sigilo da trechos da delação de Antonio Palocci na véspera do primeiro turno, visando um "impacto na disputa eleitoral".   

Moro aceitou nesta quinta-feira (1) o convite do presidente eleito, Jair Bolsonaro, para assumir o ministério da Justiça, que foi fundido com o da Segurança pública. Após reunião da casa do vencedor das eleições, o juiz emitiu nota explicando detalhes sobre a decisão.   

"Fui convidado pelo Sr. Presidente eleito para ser nomeado ministro da Justiça e da Segurança Publica na próxima gestão. Após reunião pessoal na qual foram discutidas políticas para a pasta, aceitei o honrado convite. Fiz com certo pesar pois terei que abandonar 22 anos de magistratura. No entanto, a perspectiva de implementar uma forte agenda anticorrupção e anticrime organizado, com respeito à Constituição, à lei e aos direitos, levaram-me a tomar esta decisão. Na prática, significa consolidar os avanços contra o crime e a corrupção dos últimos anos e afastar riscos de retrocessos por um bem maior. A Operação Lava Jato seguirá em Curitiba com os valorosos juízes locais. De todo modo, para evitar controvérsias desnecessárias, devo desde logo afastar-me de novas audiências. Na próxima semana, concederei entrevista coletiva com maiores detalhes", diz a nota. (ANSA)

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