Ex-árbitro e tucano são os primeiros secretários anunciados por Witzel
Gutemberg Fonseca ocupará a pasta de Governo e deputado Otávio Leite, a de Turismo
© Alexandre Macieira / Fecomércio
Política Rio de Janeiro
O governador eleito do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), anunciou nesta sexta-feira (9) o ex-árbitro de futebol Gutemberg de Paula Fonseca e o deputado Otávio Leite (PSDB) como os primeiros secretários oficializados na futura gestão.
Fonseca ocupará a pasta de Governo e Leite, de Turismo.
O ex-árbitro foi o coordenador digital da campanha de Witzel. A escolha de Fonseca se deve à sua proximidade com a família do presidente eleito Jair Bolsonaro. Ele auxiliou na pré-campanha e campanha do senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL).
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"Gutemberg conhece muito bem a família Bolsonaro. Ele está apto a fazer essa arbitragem no campo político também", afirmou Witzel.
Guto, como é chamado, foi incorporado à equipe do ex-juiz a 20 dias do primeiro turno. Foi o responsável por intensificar a campanha nas plataformas digitais –entre elas redes sociais– a fim de explorar a associação de Witzel com bandeiras de Bolsonaro.
Gutemberg de Paula Fonseca foi árbitro de futebol até 2012, quando abandonou o apito acusando o chefe da Comissão de Arbitragem da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), Sérgio Corrêa, de manipular escalas dos juízes e sugerir ajuda ao Corinthians numa partida. O caso foi arquivado na Justiça Desportiva por falta de provas.
Ele ocupou cargos no estado na gestão Sérgio Cabral (MDB) em pastas destinadas ao PSC. Foi secretário municipal em Japeri, na Baixada Fluminense, e chefe de gabinete do vereador Fernando Moraes, à época no PR, que se tornou seu último contato com o poder público.
O ex-árbitro afirmou que leva para o governo a capacidade de "tomada de decisão em frações de segundos".
Escolhido para a pasta de Turismo, Leite foi indicado por empresas do setor. O tucano não conseguiu se reeleger.
Witzel afirmou que o futuro procurador-geral a ser anunciado trabalhará para recuperar o dinheiro desviado pelo esquema de corrupção do ex-governador Sérgio Cabral (MDB).
"Ele vai tomar as medidas necessárias para reaver eventuais prejuízos", disse o governador eleito. Com informações da Folhapress.