Ex-presidente da OAS reafirma que reforma de sítio era propina do PT
Léo Pinheiro foi interrogado nessa sexta-feira (9) pela juíza federal Gabriela Hardt, substituta temporária de Moro na Lava Jato
© Reuters
Política Atibaia
O ex-presidente da OAS, Léo Pinheiro, voltou a afirmar em interrogatório à Justiça, nessa sexta-feira (9), que o gasto referente à reforma do sítio de Atibaia (SP) foi descontado da propina que a empreiteira pagou ao PT.
No depoimento, Pinheiro disse que a empresa mantinha uma conta corrente de propina com o partido e que a reforma do triplex do Guarujá (SP) também saiu dessa conta, segundo publicado pelo 'G1'.
De acordo com o executivo, o ex-tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, era quem intermediava os repasses com a empresa.
A OAS afirma ter pago R$ 170 mil pela reforma da cozinha do sítio. O partido, no entanto, nega as acusações.
+ Lula pediu sigilo sobre obras em sítio de Atibaia, diz Leo Pinheiro
+ TSE questiona WhatsApp se Bolsonaro contratou disparos de mensagens
Pinheiro e os ex-executivos Paulo Gordilho e Agenor Franklin Medeiros, também da OAS, prestaram depoimento nessa sexta-feira (9) à juíza federal Gabriela Hardt, da 13ª Vara da Justiça Federal de Curitiba, substituta temporária do juiz Sérgio Moro na Lava Jato.
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, os três ex-executivos da OAS e outras nove pessoas são réus no processo que investiga se o petista recebeu propina de empreiteiras por meio de reformas em um sítio em Atibaia, em troca de contratos com a Petrobras.
Para a defesa de Lula, ao invés de se defender, Léo Pinheiro preferiu acusar o ex-presidente com afirmações mentirosas. O objetivo do executivo seria, segundo os advogados, convencer o Ministério Público Federal (MPF) a conceder benefícios aos réus confessos, como redução de penas.