Em culto, novo ministro diz esperar que Deus lhe dê paciência
Sentado na primeira fileira de uma sala de aula transformada em espaço de culto, onde orou de olhos fechados e repetiu cânticos de louvor
© Agência Brasil (Foto de arquivo)
Política Governo
"Deus estará à frente em tudo o que ele fizer". A expectativa do vigilante Neuceliu de Jesus sobre a atuação do futuro ministro da AGU (Advocacia-Geral da União) é compartilhada por outros fiéis da Igreja Presbiteriana Esperança de Brasília.
Escolhido para o cargo pelo presidente eleito Jair Bolsonaro, o pastor e advogado André Luiz Mendonça participou neste domingo (25) de seu primeiro culto dominical desde que foi anunciado na última quarta-feira (21).
Sentado na primeira fileira de uma sala de aula transformada em espaço de culto, onde orou de olhos fechados e repetiu cânticos de louvor, foi chamado ao púlpito pelo pastor titular, Valter Moura, para dar um testemunho pessoal.
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Em dez minutos, nos quais falou para cerca de cem pessoas e contou ter sofrido crise de estresse no passado, o novo ministro disse que recebeu com surpresa o convite para a função e afirmou que encara o novo desafio com humildade e com "gratidão a Deus".
"O senhor é poeta e escritor por natureza. Então, tudo isso que aconteceu até aqui hoje só posso ver que foi Deus quem escreveu", disse.
Na saída do culto, abordado pela Folha, ele disse acreditar que Deus ajudará a orientar sua atuação no comando da AGU, dando-lhe sabedoria e paciência.
"Com certeza [Deus orientará a função], dando sabedoria, paciência, entendimento e força nos momentos de tomada de decisões. E usando o conhecimento que ele nos deu", afirmou.
Com a expectativa de educadores de que a proposta Escola sem Partido seja judicializada, caso aprovada pelo Congresso Nacional, o novo ministro disse que certamente a AGU será acionada.
"Em algum momento, a AGU será chamada a se manifestar, mas não me debrucei ainda sobre o assunto. Nós estamos em uma fase de organização administrativa, porque vai ter muita fusão de ministério", disse.
Ele disse que ainda não definiu se manterá nomes da atual equipe e que fará nesta semana visitas aos tribunais superiores. "A gente pretende manter o que está certo e aperfeiçoar o que precisa ser aperfeiçoado", disse.
Com uma bíblia nas mãos, Mendonça, que define seu estilo como reservado, dedicou um tempo após o culto para receber o cumprimento de companheiros da igreja. Animados, alguns fiéis pediram para que posasse para fotos. "Agora está famoso", disse um deles.
Segundo Moura, mesmo no cargo de ministro, Mendonça continuará a fazer parte do colegiado de pastores, "obviamente com um tempo diferente". "Ele continua no quadro de pastores, dentro dos limites que a nova função irá impor", disse. Com informações da Folhapress.