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Cúpula Conservadora acaba com pedido de casamento de Eduardo Bolsonaro

Evento foi organizado por Eduardo Bolsonaro e o 'príncipe' Luiz Philippe de Orleans e Bragança

Cúpula Conservadora acaba com pedido de casamento de Eduardo Bolsonaro
Notícias ao Minuto Brasil

05:48 - 09/12/18 por Folhapress

Política em Foz do Iguaçu

"Meu nome é Jair Bolsonaro, estou com 63 anos de idade", diz o presidente eleito, sentado em sua cama, direto da Barra da Tijuca. Até focar nele, a webcam administrada pelo filho vereador Carlos Bolsonaro, o "02", oscila ("estamos vendo o teto da sua casa, agora o chão", é avisado).

Do outro lado da linha está seu terceiro filho, o "03", Eduardo Bolsonaro, e a plateia da primeira Cúpula Conservadora das Américas, realizada neste sábado (8) num hotel em Foz do Iguaçu (PR).

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É importante saber quantos anos ele tem, diz Bolsonaro por Skype. "Pois [mostra] há quanto tempo eu luto contra essa ideologia no Brasil."

"O que vocês fazem aí eu dou os parabéns. Há preocupação, sim, de manter viva a chama da liberdade", afirma o presidente eleito.

Essa ideologia tão perversa, no caso, é a esquerdista, tratada como causa de todos os males da América Latina no evento –que intercalou a oratória inflamada com um pedido de casamento. Eduardo pediu a mão da namorada, a psicóloga Heloísa Wolf, ao vivo após a fala do pai. Ela disse sim.

O encontro foi organizado pelos futuros colegas de Câmara Eduardo e Luiz Philippe de Orleans e Bragança, conhecido como "o príncipe", ambos do PSL, mais o advogado do partido Gustavo Kfouri.

O público, cerca de um terço dos 1.500 inscritos, não chegou a lotar o auditório de um hotel local. Viajar para a cidade paranaense na tríplice fronteira com Brasil, Argentina e Paraguai sai caro, Eduardo ponderaria depois a jornalistas.

Os que foram se refastelaram com um corolário de declarações antiesquerda, com especial carinho pela participação de Olavo de Carvalho via videoconferência.

Entre assoadas de nariz e goles de um trago, a figura de proa do bolsonarismo disparou frases contra o polo progressista. A Comissão da Verdade, por exemplo, rebatizou de "Começão da Verdade".

Ao comparar o certame ideológico na América Latina com uma "guerra espiritual" entre "o bem e o mal", a senadora colombiana María Fernanda Cabal Molina, do direitista Centro Democrático, fundado pelo ex-presidente Álvaro Uribe, deu o discurso que melhor sintetizou a quarta e última mesa do evento.

Não faltou um afago ao pai de um dos idealizadores do evento, o deputado eleito Eduardo Bolsonaro (PSL). "O triunfo de Jair Bolsonaro é o resgate rumo à civilização ocidental e à liberdade."

Com frases de efeito, como "não há nada mais capitalista do que um comunista" e "um comunista no poder significa milhões de mortos numa sociedade", María Fernanda recuperou o interesse de uma plateia que foi se esvaziando ao longo do dia, que acabou com várias cadeiras vagas no pavilhão que sediou a conferência.

A cúpula terminou com uma carta com "anseios populares aos representantes do povo", que incluiu tópicos como "combater a cultura do vitimismo" e "fortalecimento dos valores da cultura ocidental". Com informações da Folhapress.

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