Em reunião com Bolsonaro, DEM pavimenta apoio formal a governo
"As coisas estão caminhando para isso", disse o presidente do DEM, ACM Neto
© Sivanildo Fernandes/ObritoNews
Política Movimentação
Após reunião de uma hora com o presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), nesta quarta-feira (12), a bancada e a cúpula do DEM pavimentaram uma aliança formal com o governo.
Com três ministros do partido anunciados, o DEM espera apenas cumprir formalidades como reunir lideranças regionais e a Executiva para anunciar que será parte da base do governo, segundo membros da legenda.
"As coisas estão caminhando para isso", disse o presidente do DEM, ACM Neto, na saída do encontro, ocorrido no CCBB (Centro Cultural Banco do Brasil), sede do governo de transição.
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Não participou da reunião o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que está em campanha para ser reconduzido no cargo.
Sua presença sinalizaria uma negociação entre o apoio de Bolsonaro a Maia em troca da adesão do DEM ao governo, e a cúpula do partido quer evitar essa interpretação.
O prazo estipulado por ACM Neto para a finalização e anúncio do acordo, "começo do próximo ano", sugere que pode se esperar a eleição da presidência da Câmara.
"O governo terá todo o nosso apoio na mudança da forma de conduzir a relação política do Executivo com o Congresso Nacional, que a política de toma-lá-da-cá, de troca de favores seja aposentada de uma vez por todas", declarou ACM Neto, que também é prefeito de Salvador.
Governador eleito de Goiás, o senador Ronaldo Caiado reforçou a identificação com o antipetismo de Bolsonaro. "A tendência é de nós caminharmos com aquilo que é a nossa pauta há mais 14 anos. É uma realidade", disse.
ACM Neto evitou demonstrar qualquer insatisfação pela demora de Bolsonaro em sentar com as cúpulas partidárias. O presidente eleito priorizou negociações com bancadas temáticas como a ruralista e a evangélica.
Questionado se a indicação de três ministros não garantia a adesão, o presidente do DEM afirmou que "mesmo que o partido não tivesse um servente no ministério, imagine três ministros, poderíamos apoiar o governo". Com informações da Folhapress.