Bolsonaro elogia Collor e omite nome de FHC em cerimônia
Fernando Azevedo assume ministério da Defesa
© José Cruz/Agência Brasil
Política Transmissão
Em evento de transmissão de cargo ao ministro da Defesa, Fernando Azevedo, o presidente Jair Bolsonaro disse que as Forças Armadas são obstáculo para quem quer usurpar o poder.
A declaração foi feita em discurso no qual Bolsonaro elogiou as ações de alguns ex-presidentes da República em relação aos militares, mas disse que a categoria foi esquecida por alguns outros dirigentes do país e do Ministério da Defesa.
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O presidente citou nominalmente José Sarney, Fernando Collor -que estava presente no evento-, e Itamar Franco.
Ele se recusou a mencionar o nome do tucano Fernando Henrique Cardoso e arrancou risos da plateia ao dizer "depois tivemos outro governo, o senhor sabe qual foi".
Ao citar a gestão de FHC, Bolsonaro disse que os militares tiveram alguns problemas. "Em especial comigo, mas seguimos a nossa jornada".
O presidente é capitão reformado do Exército e abandonou a carreira militar na década de 1980, depois de responder internamente por problemas disciplinares.
Bolsonaro não fez menções aos ex-presidentes petistas Lula e Dilma Rousseff e nem a Michel Temer, de quem recebeu a faixa presidencial na terça-feira (1º), prometendo libertar o Brasil do socialismo.
Ele lembrou ter sido um dos três deputados a votar contra a criação do ministério da Defesa, em 1999, no governo FHC.
Por fim, ele disse que as Forças Armadas passaram por um brutal desgaste de força política, "mas não perante o povo brasileiro".
"Hoje em dia, a situação que eu estou aqui, que o Brasil chegou, é prova inconteste que o povo, em sua grande maioria, quer respeito, quer ordem e quer progresso", disse.
Bolsonaro agradeceu ao comandante do Exército, general Villas Bôas.
"O que já conversamos fica entre nós, mas o senhor é um dos responsáveis por eu estar aqui", disse. Com informações da Folhapress.