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Depois da 'despetização', Onyx agora propõe 'revogaço'

Segundo ele, Bolsonaro pediu aos ministros que apresentem leis que precisam ser revistas

Depois da 'despetização', Onyx agora propõe 'revogaço'
Notícias ao Minuto Brasil

19:47 - 08/01/19 por Folhapress

Política Plano

Uma semana depois de anunciar que iria "despetizar" a Casa Civil, o ministro Onyx Lorenzoni afirmou que o governo deverá fazer um "revogaço".

Ao chegar para uma reunião com o ministro Paulo Guedes (Economia), ele afirmou que o presidente Jair Bolsonaro pediu aos 22 ministros que eles apresentem uma lista de leis que devem ser revistas.

"Ele cobrou de todos, e todos estão trabalhando, para os decretos que a gente chama de 'revogaço', que é a revogação da legislação que atrapalha a vida das pessoas", afirmou, sem dar detalhes a quais leis se referia.

Segundo Onyx, o tema foi tratado por Bolsonaro em reunião ministerial na manhã desta terça-feira (8) e deve ter início na próxima semana.

A Folha de S.Paulo mostrou que a decisão da Casa Civil de demitir 320 servidores de cargos comissionados trouxe problemas para o funcionamento da pasta, prejudicando análises técnicas e o funcionamento do Conselho de Ética da Presidência.

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No segundo dia de trabalho, o ministro anunciou as exonerações dizendo que pretendia retirar do quadro de servidores os indicados pelos ex-presidentes do PT, Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff.

Outro tema abordado na reunião ministerial, segundo Onyx, foi a formação de uma equipe interministerial para tratar de temas ligados à região Nordeste.

Sem especificar de que se trata, o chefe da Casa Civil disse que de 6 a 8 pastas devem estar envolvidas no grupo e uma primeira reunião é prevista para sexta-feira (11).

O ministro chegou por volta das 17h ao Ministério da Economia para tratar com Paulo Guedes e seus auxiliares sobre a reforma da Previdência.

Depois de um desentendimento entre eles na semana passada, ele chegou para o encontro levando uma caixa de bombons para o chefe da equipe econômica.

"Estou aqui com conjunto de bombons para o ministro Paulo Guedes para adoçar a nossa vida", afirmou.

Onyx negou, contudo, que tenha havido qualquer briga entre eles.

No final da última semana, as equipes econômica e política bateram cabeça em torno de dois temas: o aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), que foi confirmando por Bolsonaro e depois desmentido, e a reforma da Previdência.

O chefe da Casa Civil evitou dar detalhes sobre quais medidas o governo discute para alterar as regras da aposentadoria. Ele disse apenas que o objetivo é fechar uma proposta antes da viagem do presidente a Davos, em 22 de janeiro, quando ele vai à Suíça para participar do Fórum Econômico Mundial.

"Sempre uma fala do presidente tem muita força. É uma pessoa que tem uma capacidade muito grande de sinalizar caminhos e quando ele falou [sobre a idade mínima], a gente comentou isso na ultima sexta-feira, ele queria mostrar o que a gente vem dizendo para ele: conquistar uma proposta humana, respeitando direito das pessoas, dando a condição de o brasil buscar o equilíbrio fiscal e isso é algo que o professor Paulo Guedes vem falando há muito tempo", disse.

Em entrevista ao SBT, Bolsonaro defendeu uma idade mínima de aposentadoria de 57 anos para mulheres e de 62 anos para homens, de forma gradativa. A medida é ainda mais branda do que a apresentada pelo ex-presidente Michel Temer, que estabelece 65 anos para os homens e 62 para as mulheres.

A declaração do presidente pegou de surpresa a equipe de Guedes que vem discutindo modificações mais consistentes para o sistema previdenciário.

"É claro que a definição do presidente tem muita força, mas os técnicos estão trabalhando e vamos ver o que eles vão nos apresentar", disse Onyx ao entrar para a reunião.

Segundo ele, as propostas devem ser levadas a Bolsonaro no início da próxima semana. Com informações da Folhapress.

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