Ministro vê pedido de Flávio Bolsonaro sobre Queiroz como 'confissão'
Para magistrado, solicitação do filho do presidente a favor do motorista torna a situação ainda mais grave
© Sergio Moraes / Reuters
Política Culpa
O pedido de suspensão da investigação sobre movimentações suspeitas do motorista Fabrício Queiroz feito pelo senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL) foi interpretado por um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) como "confissão da culpa".
À jornalista Mônica Bergamo, da 'Folha de S. Paulo', o magistrado explicou que o pedido soa como confissão por ter sido feito pelo filho do presidente Jair Bolsonaro e não pelo próprio motorista, tornando o caso ainda mais grave, na visão dele.
Ainda de acordo com a coluna, outros ministros do Supremo acreditam que o presidente Jair Bolsonaro também pode ser investigado, pois há movimentações financeiras ligadas à primeira-dama Michelle Bolsonaro.
O ministro do STF Luiz Fux acatou a petição de Flávio Bolsonaro nessa quarta-feira (16).
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Relembre o caso
Um relatório financeiro do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) revelou depósitos em espécie na conta de Queiroz, que coincidiam com as datas de pagamento na Alerj. Os valores eram repassados por assessores e ex-assessores de Flávio.
O motorista, que recebia salário de R$ 23 mil no gabinete do filho de Bolsonaro, movimentou R$ 1,2 milhão entre janeiro de 2016 e janeiro de 2017, considerado suspeito pelo órgão.