Flávio Bolsonaro homenageou milicianos alvos de operação
Ex-capitão do Bope Adriano Magalhães da Nóbrega e major da PM Ronald Paulo Alves Pereira são suspeitos de integrarem o Escritório do Crime e de envolvimento no assassinato de Marielle
© Joey Roulette/Reuters
Política escritório do crime
Dois dos 13 alvos da Operação Intocáveis, deflagrada na manhã desta terça-feira (22) no Rio, já foram homenageados pelo senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL). A ação policial quer prender membros da milícia que explora de forma violenta o ramo imobiliário ilegal em Rio das Pedras, na Zona Oeste da cidade. O mesmo grupo é suspeito de envolvimento no assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes, que aconteceu em 14 de março do ano passado e continua sem respostas.
Segundo o 'Globo', o ex-capitão do Bope Adriano Magalhães da Nóbrega e o major da PM Ronald Paulo Alves Pereira, os principais alvos da operação, foram homenageados em 2003 e 2004 na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) por indicação do filho do presidente Jair Bolsonaro (PSL), que sempre manteve ligações com policiais militares.
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Ainda de acordo com a publicação, Adriano, que ainda não foi encontrado, recebeu a medalha Tiradentes, a mais alta honraria do Legislativo do Estado. Já Ronald, que foi preso nesta terça-feira (22), ganhou a moção honrosa quando já era investigado pela autoria de uma chacina que matou cinco jovens na antiga boate Via Show, em 2003, na Baixada Fluminense.
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Adriano e Ronald são suspeitos de integrar um grupo de extermínio que estaria envolvido no assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes, chamado de Escritório do Crime.