Comissão descarta problema ético em promoção de filho de Mourão
Em reunião, o colegiado decidiu não abrir investigação sobre o episódio e considerou que Antônio Hamilton Rossell Mourão "preenche os requisitos" para função
© Romério Cunha/VPR
Política Presidência
A Comissão de Ética da Presidência da República avaliou que não houve quebra de conduta ética na promoção do filho do vice-presidente Hamilton Mourão ao cargo de assessor especial no Banco do Brasil.
Em reunião, o colegiado decidiu não abrir investigação sobre o episódio e considerou que Antônio Hamilton Rossell Mourão "preenche os requisitos" para assumir a função.
Com a ascensão no banco público, ocorrida após o vice-presidente assumir a função, seu filho passou a ganhar R$ 36,3 mil, o triplo de seu atual salário. A nova função equivale a um cargo de executivo.
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A promoção foi considerada inusual por funcionários e criticada dentro do próprio governo. Para integrantes da equipe ministerial, que falaram em caráter reservado, Mourão deveria dar o exemplo e pedir ao filho que abra mão da função.
O principal motivo do constrangimento é que a escolha diverge da conduta defendida pelo presidente Jair Bolsonaro, durante a campanha presidencial, de acabar com privilégios de indicações políticas.
A nomeação foi criticada inclusive pelo MBL (Movimento Brasil Livre), um dos grupos de direita no Brasil que apoiaram Bolsonaro no segundo turno das eleições.
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Funcionário de carreira do banco há quase duas décadas, Rossell vinha atuando havia 11 anos como assessor na área de agronegócio da instituição, ganhando cerca de R$ 12 mil mensais. Sua mulher, Silvia Letícia Zancan Mourão, também é funcionária do banco.
Procurado pela reportagem, o vice-presidente afirmou que seu filho atua há anos na instituição financeira e que tem uma trajetória sólida para a nova posição. Com informações da Folhapress.