Com fragilidade do governo, DEM se propõe a assumir articulação da base
Oferta do partido dos presidentes da Câmara, Rodrigo Maia, e do Senado, Davi Alcolumbre, teria sido feita à Casa Civil
© Antonio Cruz/ Agência Brasil
Política Crise
O governo do presidente Jair Bolsonaro está com dificuldade de articulação, ainda mais depois da primeira derrota do governo na Câmara, nesta terça-feira (19).
Para demonstrar a insatisfação em relação à falta de interlocução com o Palácio do Planalto, deputados aprovaram um projeto que susta os efeitos do decreto editado pelo vice-presidente Hamilton Mourão, em janeiro, que ampliou a funcionários comissionados e de segundo escalão o poder de impor sigilo a documentos públicos.
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Diante do cenário, o DEM, partido dos presidentes da Câmara, Rodrigo Maia, e do Senado, Davi Alcolumbre, propôs ao ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, atuar diretamente para organizar a base. A oferta teria sido feita, de acordo com informações da coluna Painel, da Folha de S. Paulo, durante um jantar na segunda-feira (18).
Mas, a legenda já alertou: só entra "na jogada" se tiver “instrumentos” para entregar aos parlamentares o que for acordado em troca do apoio ao presidente.
Um líder do centrão, ainda conforme a coluna, diz que é impossível negociar com Lorenzoni, já que ele sempre ouve as demandas, mas nunca tem autonomia para garantir o atendimento por parte do governo.
A atuação do líder do governo na Câmara, Major Vitor Hugo (PSL-GO), também é questionada. Dirigentes partidários demonstram que, assim como a derrubada do decreto que facilitava o sigilo de documentos públicos, a queda de Hugo está dentro do pacote de sinais de descontentamento que o Parlamento quer mandar a Jair Bolsonaro.