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Após decisão de Moro, chefe do Fórum de Segurança Pública pede demissão

Decisão foi anunciada após ministro recuar na nomeação da especialista em segurança pública Ilona Szabó como membro-suplente do grupo

Após decisão de Moro, chefe do Fórum de Segurança Pública pede demissão
Notícias ao Minuto Brasil

21:24 - 28/02/19 por Folhapress

Política Mal estar

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O diretor-presidente do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, Renato Sérgio de Lima, pediu exoneração da vaga que ocupa no Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária após o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, recuar na nomeação da especialista em segurança pública Ilona Szabó como membro-suplente do grupo.

Em ofício enviado a Moro, Lima afirma que renuncia ao cargo "em caráter irrevogável e em solidariedade" a Ilona, que, segundo ele, "foi colocada em uma situação constrangedora".

"Desejo sucesso nas atividades de prevenção e repressão qualificada do medo, da violência e da criminalidade, do Ministério da Justiça e Segurança Pública", escreveu.

Lima é doutor em sociologia pela USP, professor do Departamento de Gestão Pública da FGV-Eaesp e autor do blog Faces da Violência, da Folha de S.Paulo.

O ministro voltou atrás na indicação de Ilona após pressão nas redes sociais de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PSL).

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Especialista em segurança pública e colunista do jornal Folha de S.Paulo, ela é contrária ao afrouxamento das regras de acesso a armas, política do governo Bolsonaro. Também já criticou em artigo o pacote anticrime de Moro ao considerar preocupante, entre outras coisas, as medidas que tendem a ampliar o direito à legítima defesa.

A escolha havia sido um dos assuntos mais comentados no Twitter nesta quarta, sobretudo pela ação de militantes pró-Bolsonaro. Críticos da nomeação promoveram no Twitter a hashtag #Ilonanão.

Em nota, o Ministério da Justiça e Segurança Pública admite que o recuo foi motivado pelas críticas recebidas. "Diante da repercussão negativa em alguns segmentos, optou-se por revogar a nomeação, o que foi previamente comunicado à nomeada e a quem o Ministério respeitosamente apresenta escusas", diz o texto.

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