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'A mando de quem?', cobra Freixo após prisões no caso Marielle

Deputado federal considera prisões importantes, mas diz que caso não está resolvido

'A mando de quem?', cobra Freixo após prisões no caso Marielle
Notícias ao Minuto Brasil

07:17 - 12/03/19 por Notícias Ao Minuto

Política Declaração

O deputado federal Marcelo Freixo (PSOL-RJ), amigo, companheiro de partido e ex-chefe de Marielle Franco, disse que, apesar das prisões realizadas nesta terça-feira (12), o assassinato da vereadora não está esclarecido.

Hoje, integrantes da Delegacia de Homicídios e do Ministério Público do Rio deflagraram uma operação para prender ao menos dois suspeitos de estarem no carro utilizado no crime: Ronnie Lessa, 48, que teria atirado na parlamentar, e o policial militar reformado Élcio Vieira de Queiroz, 36, que estaria dirigindo o veículo.

"São prisões importantes, são tardias. Dia 14 faz um ano do assassinato da Marielle, é inaceitável que a gente demore um ano para ter alguma resposta. Então, evidente que isso vai ser visto com calma, mas a gente acha um passo decisivo. Mas o caso não está resolvido. Ele tem um primeiro passo de saber quem executou. Mas a gente não aceita a versão de ódio ou de motivação passional dessas pessoas que sequer sabiam quem era Marielle direito", disse, em entrevista ao G1 e ao Bom Dia Rio.

+ Um ano após morte de Marielle, assessora que escapou fala sobre crime

Além de Marielle, o motorista Anderson Gomes também foi morto durante a emboscada, no Centro da capital fluminense.

A investigação aponta que Ronnie fez pesquisas na internet sobre locais que a vereadora frequentava. "Essa pessoa não investigou só Marielle, essa pessoa investigou também a minha vida. A mando de quem? A partir de quando? Com que interesse político ele faz isso? Essa pessoa faz parte de um grupo que todo mundo da área de segurança pública sabe, que é do chamado Escritório do Crime. Porque tem gente que mata a serviço de outros no Rio de Janeiro há anos", questionou o deputado.

"É muito grave o que fizeram com a segurança pública do Rio de Janeiro para chegar a esse ponto. Agora, o mais importante é saber quem mandou matar. Quem matou não foi só quem apertou o gatilho. Quem matou é quem mandou matar. Qual é a motivação política? Que interesse existia para matar Marielle? É isso que a gente tem de exigir agora", acrescentou Freixo.

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