Major Olimpio volta a criticar política desarmamentista: 'Picaretagem'
Senador atacou fortemente o Estatuto do Desarmamento
© Marcos Oliveira/Agência Senado
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O líder do PSL no Senado, Major Olimpio (SP), disse nesta quinta-feira, 14, não se arrepender de ter afirmado na quarta-feira, 13, que o massacre em uma escola de Suzano poderia ter sido minimizado se algum funcionário portasse arma de fogo. Ele voltou a defender a posse e o porte e rebateu o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que declarou nesta quarta-feira que a defesa do porte de arma nestas situações levaria a uma "barbárie" no País.
"(Não me arrependo) De jeito nenhum. Quanto mais intensa minha fala... A população sabe o que estou falando. Rodrigo Maia é desarmamentista, ele tem compromisso com a esquerda, como foi para não pautar a flexibilização do Estatuto do Desarmamento. O compromisso dele é de fazer 'oba-oba' com a esquerda", disse o senador.
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Durante sessão da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado, Major Olimpio disse que "se tivesse um cidadão com uma arma regular dentro da escola, professor, servente, policial aposentado trabalhando lá, ele poderia ter minimizado o tamanho da tragédia".
O senador também atacou fortemente o Estatuto do Desarmamento e os críticos do decreto assinado pelo presidente Jair Bolsonaro que flexibilizou as regras para obtenção da posse de arma. Para o parlamentar, apesar do decreto presidencial, a legislação continua muito restritiva e peca por omissão.
No final da tarde de quarta, Maia disse que a segurança pública não é responsabilidade do cidadão. Para ele, se o Estado não está dando segurança à população, a responsabilidade é do gestor público da área de segurança.
"O que eu espero é que alguns não defendam que, se os professores estivessem armados, teriam resolvido o problema. Pelo amor de Deus. Espero que as pessoas pensem um pouquinho primeiro nas vítimas dessa tragédia e depois compreendam que o monopólio da segurança pública é do Estado."
Nesta quinta-feira, o líder do partido de Bolsonaro chamou de "picaretagem" a política desarmamentista, avaliou que ela "tirou a possibilidade de defesa do cidadão e deu a certeza para o marginal" e criticou Maia.
"Conheço a tragédia lá na ponta, não o presidente da Câmara, que desde pequeno estava andando com motorista e carro blindado do pai e hoje está em carro blindado. Esse sabe o que é a vida? Vai ver o cidadão como está na mão do criminoso", disse o senador.
Na avaliação do senador, os criminosos respeitam forças iguais ou maiores que as deles. "Não é violência, é força. Para parar uma agressividade daquela natureza só com instrumento que fosse correspondente para isso. O que eu disse que se tivéssemos porte de arma legal e responsável. Porque o porte de arma existe para o criminoso aos milhões", afirmou.
O senador também negou que seus posicionamentos e sua intenção de priorizar no Senado a pauta de segurança pública e o combate à corrupção poderiam atrapalhar o andamento da agenda econômica do governo. "Não é por causa de reforma ou não reforma que eu vou deixar de dizer as verdades que eu digo há 41 anos que sou policial", declarou.
"Não tem nada a ver uma coisa com a outra: discutir uma pauta de segurança pública e meus posicionamentos em relação a isso com a necessária reforma econômica. Mas precisamos fazer reflexão do que está acontecendo."