Nos EUA, Bolsonaro diz que é preciso resolver 'questão da Venezuela'
Ministro da Economia e Chanceler discursaram em Washington
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Política Discurso
O presidente Jair Bolsonaro disse nesta segunda-feira (18), durante discurso na Câmara de Comércio dos Estados Unidos, em Washington, que a "questão da Venezuela" precisa ser resolvida. "Temos alguns assuntos que estamos trabalhando em conjunto, reconhecendo, obviamente, a capacidade econômica, bélica, entre outras, dos Estados Unidos. Temos que resolver a questão da nossa Venezuela", explicou o mandatário.
Durante pronunciamento no "Dia do Brasil em Washington", Bolsonaro ressaltou que a Venezuela "não pode continuar da maneira que se encontra".
O presidente defendeu que o povo venezuelano precisa ser libertado e, para isso, conta, obviamente, com o apoio norte-americano para que esse objetivo seja alcançado. Em seu discurso, o brasileiro ainda elogiou Donald Trump, criticou o governo do PT e também se posicionou contra o "politicamente correto". Ele ressaltou que o povo americano sempre foi uma "inspiração".
"Como disse há pouco, o povo americano, os Estados Unidos, sempre foi inspiração para mim em grande parte das decisões que tomei. Essa vinda aqui hoje e amanhã, tenho toda certeza, estaremos materializando o que nós queremos", declarou.
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Em cerca de 10 minutos, Bolsonaro reforçou seu desejo em fazer parcerias comerciais com os norte-americanos. "Queremos um Brasil grande como o Trump, e eu sei que vocês, querem a América grande".
Minutos antes de discursar, Bolsonaro participou da assinatura do acordo entre o Brasil e os Estados Unidos para o uso comercial da base de Alcântara, no Maranhão. Além do presidente, os ministros Paulo Guedes (Economia) e Ernesto Araújo (Relações Exteriores) também se pronunciaram no evento. Bolsonaro e a comitiva brasileira estão no território norte-americano desde a tarde deste domingo (17). Amanhã (19), ele se reúne com Trump.
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Ministro da Economia - Durante seu discurso na Câmara de Comércio em Washington, o ministro da Economia, Paulo Guedes, pediu para os empresários dos Estados Unidos investirem no Brasil. Mas defendeu a possibilidade de o governo brasileiro negociar com outros parceiros, como a China. "Vocês podem ir lá ajudar a financiar nossas rodovias, ir atrás de concessões de petróleo e gás. Daqui a três, quatro meses, vamos vender o pré-sal. Todos vão estar lá: chineses, americanos, noruegueses", afirmou.
Segundo o ministro, o governo brasileiro "ama" os Estados Unidos, mas vão negociar com parceiros que tragam vantagens econômicas ao país. "O presidente [Bolsonaro] ama a América, e eu também, mas tenho dito a ele: 'Vamos negociar com quem nos beneficia. É assim que eles [os americanos] fazem também", ressaltou perante a empresários e investidores norte-americanos.
Guedes ainda lembrou que, ao contrário da China, o Brasil tem déficit comercial com o governo de Donald Trump. E pediu apoio para o país entrar na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). (ANSA)