Bolsonaro precisa de menos rede social e mais Previdência, diz Maia
A declaração de Maia surgiu em meio à discussão sobre a prioridade dada pelo governo à tramitação da reforma na Câmara
© Isac Nobrega/PR
Política Atritos
O presidente Jair Bolsonaro (PSL) precisa ter "mais tempo para cuidar da reforma da Previdência e menos tempo" para as redes sociais, foi o que afirmou o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), nessa sexta-feira (22), em meio à discussão sobre a prioridade dada pelo governo à tramitação da reforma da Previdência na Câmara.
"Ele [Bolsonaro] precisa ter um engajamento maior. Ele precisa ter mais tempo pra cuidar da Previdência e menos tempo cuidando do Twitter, porque, se não, a reforma não vai andar", disse o parlamentar em entrevista à TV Globo.
+ Maia diz que prisões não afetam Previdência e minimiza crise com reforma
Maia considerou ainda que a responsabilidade "daqui para frente" sobre a articulação para aprovar a reforma é do governo.
No entanto, Bolsonaro disse não ter dado motivo para Maia deixar a articulação da reforma da Previdência. O presidente chegou a declarar querer saber a razão pela qual Maia deixou a articulação da Previdência, e se disse "aberto ao diálogo". Bolsonaro ainda comparou Maia a uma 'namoraoda que quer ir embora'
"Só conversando, não é? Você nunca teve uma namorada? E quando ela quis embora, o que você fez para ela voltar? Conversou?", questionou o presidente.
Maia rebateu: "Eu não preciso almoçar, não preciso do café e não preciso voltar a namorar. Eu preciso que o presidente assuma de forma definitiva o seu papel institucional, que é liderar a votação da reforma da Previdência, chamar partido por partido que quer aprovar a Previdência e mostrar os motivos dessa necessidade".
Como destaca o G1, o presidente da Câmara garantiu que cumpre o papel dele: "O meu papel eu vou continuar cumprindo, coordenando dentro da Câmara a aprovação da reforma e (...) colocando de forma clara na figura do presidente da República a responsabilidade dele [de] conduzir, por parte do governo, a aprovação da reforma".