Em crise, Onyx vai à Câmara e propõe 'pacto de convivência'
Líderes partidários reclamaram de falta de articulação e da redes sociais do presidente
© Antonio Cruz/Agência Brasil
Política Articulação
MARIANA CARNEIRO, THIAGO RESENDE E ANGELA BOLDRINI - BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - No meio de uma crise entre o Executivo e o Legislativo que dificulta a tramitação da reforma da Previdência, o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni (DEM-RS) foi à Câmara propor um "pacto de convivência" aos parlamentares.
"O que estamos tentando construir é um pacto de convivência onde o principal alvo são os cidadãos, que sabem que o Parlamento e governo legitimamente eleito têm que buscar caminhos de entendimento para que a vida das pessoas mude", disse o ministro após a reunião que durou mais de duas horas.
Os líderes partidários despejaram as reclamações que vêm se acumulando ao longo dos dois primeiros meses da nova legislatura.
Segundo parlamentares, o ministro ouviu queixas não só sobre a articulação do Planalto com o Congresso que é considerada deficiente, como sobre a atuação dos filhos do presidente Jair Bolsonaro no governo e a atitude polêmica do presidente em suas redes sociais.
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Apesar de aquiescer no privado, no público o ministro negou que não haja diálogo com os deputados.
"Estamos nesse momento aprofundando o diálogo que fazemos desde a transição", afirmou. Segundo as contas de Onyx, já foram recebidos no Planalto mais de 300 deputados desde o início de fevereiro.
Onyx deixou o Planalto acompanhado da líder do governo no Congresso, Joice Hasselmann (PSL-SP).
O líder da maioria na Câmara, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), afirmou que se tratou de uma "conversa franca".
"Acho que foi uma conversa franca em torno de uma relação institucional que se avançar fará bem para o país e que é o desejo de todos nós, do Congresso e acredito que do Executivo", disse.