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Dez frases polêmicas de Bolsonaro sobre o golpe de 1964 e a ditadura

Presidente já fez homenagem a um notório torturador, disse que não houve golpe e insinuou que a repressão do Estado deveria ter sido mais dura

Dez frases polêmicas de Bolsonaro sobre o golpe de 1964 e a ditadura
Notícias ao Minuto Brasil

10:41 - 28/03/19 por Folhapress

Política 31 de março

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Em meio à polêmica envolvendo a determinação de que os 55 anos do golpe militar de 1964 fossem comemorados, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) afirmou nesta terça-feira (27), em entrevista à TV Bandeirantes, que não houve ditadura no país.

Esta não é a primeira defesa que Bolsonaro faz do regime ditatorial que comandou o país entre 1964 e 1985. Ele já fez homenagem a um notório torturador, disse que não houve golpe e insinuou que a repressão do Estado deveria ter sido mais dura.

+ Celebração de golpe de 64 é criticada até por apoiadores de Bolsonaro

Abaixo, veja 10 frases do presidente sobre o assunto.

NEGAÇÃO DA DITADURA

Temos de conhecer a verdade. Não quer dizer que foi uma maravilha, não foi uma maravilha regime nenhum. Qual casamento é uma maravilha? De vez em quando tem um probleminha, é coisa rara um casal não ter um problema, tá certo? [...] E onde você viu uma ditadura entregar pra oposição de forma pacífica o governo? Só no Brasil. Então, não houve ditadura."

Em entrevista ao Brasil Urgente, da TV Bandeirantes (nesta terça, 27 de março de 2019).

Eu mostrei, e hoje em dia grande parte da população entende, que o período militar não foi ditadura, como a esquerda sempre pregou. (...) Por que tinha censura muitas vezes? De acordo com o articulista, a palavra-chave que estava naquela matéria era para executar um assalto a banco ou até mesmo executar uma autoridade em cativeiro. Essa foi a censura."

Em entrevista ao Jornal da Band, da TV Bandeirantes (29 de outubro de 2018).

31 de março de 1964, Devemos, sim, comemorar esta data. Afinal de contas, foi um novo 7 de setembro [...] O Brasil merece os valores dos militares de 1964 a 1985."

Em vídeo publicado nas redes sociais (31 de março de 2016).

TORTURA

Sou capitão do Exército, conhecia e era amigo do coronel, sou amigo da viúva. (...) o coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra recebeu a mais alta comenda do Exército, a Medalha do Pacificador, é um herói brasileiro."

Sobre o notório torturador Carlos Alberto Brilhante Ustra, que chefiou o DOI-CODI (Destacamento de Operações de Informações) do 2º Exército entre 1970 e 1974. Segundo o relatório final da Comissão Nacional da Verdade, em sua gestão, a unidade militar foi responsável pela morte ou desaparecimento de ao menos 45 presos políticos. Frase dita durante a sessão do Conselho de Ética que deveria votar a admissibilidade do processo de cassação por ele ter elogiado o coronel ao votar pelo impeachment de Dilma Rousseff [ "Pela memória do coronel Brilhante Ustra, o pavor de Dilma Rousseff" ] (8 de novembro de 2016)

O erro da ditadura foi torturar e não matar."

Em entrevista à rádio Jovem Pan (8 de julho de 2016)

Pau-de-arara funciona. Sou favorável à tortura, tu sabe disso. E o povo é favorável também."

Em entrevista ao programa "Câmera Aberta", na TV Bandeirantes (1999).

GOLPE

Não houve golpe militar em 1964."

Durante entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura (30 de julho de 2018).

ARAGUAIA

Se tivessemos agido como a Colômbia, com humanismo, teríamos uma FARC no coração do Brasil e graças aos militares não temos."

Sobre a repressão à guerrilha do Araguaia. Entrevista à Rádio Super Notícia (10 de maio de 2018).

ASSASSINATOS

Errar, até na sua casa, todo mundo erra. Quem nunca deu um tapa no bumbum do filho e depois se arrependeu? Acontece."

Sobre documento em que o chefe da CIA afirma que o ex-presidente Ernesto Geisel (1974-1979) aprovou a continuidade de uma política de "execuções sumárias" de adversários da ditadura militar. Frase dita em entrevista à Rádio Super Notícia (10 de maio de 2018).

VLADIMIR HERZONG

Ninguém tem prova de nada (...) Suicídio acontece, pessoal pratica suicídio."

Sobre o jornalista morto na ditadura, em entrevista ao programa "Mariana Godoy Entrevista", da RedeTV! (7 de julho de 2018).

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