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E. Bolsonaro nega golpe e diz que a esquerda quer reescrever a história

Declarações do filho do presidente acontecem em meio à polêmica envolvendo a comemoração dos 55 anos da ditadura militar, neste domingo (31)

E. Bolsonaro nega golpe e diz que a esquerda quer reescrever a história
Notícias ao Minuto Brasil

06:44 - 31/03/19 por Estadao Conteudo

Política Vídeo

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) publicou em suas redes sociais neste sábado, 30, um vídeo no qual questiona a existência do golpe militar de 1964. As declarações do filho do presidente Jair Bolsonaro acontecem em meio à polêmica envolvendo o 31 de março, data do golpe, que completa 55 anos neste domingo (31).

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Conforme o Estadão/Broadcast revelou, o presidente Jair Bolsonaro orientou os quartéis a celebrarem a data histórica, retirada do calendário das Forças Armadas em 2011. Na sexta-feira (29), a Justiça chegou a proibir as manifestações, mas a liminar caiu neste sábado.

O filho do presidente compara a chegada ao poder do general Castelo Branco, o primeiro dos cinco presidentes militares que se sucederam durante o período da ditadura, entre 1964 a 1985, à eleição do ex-presidente Tancredo Neves, em 1985. Eduardo Bolsonaro comparou também a deposição do ex-presidente João Goulart ao impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, em 2016.

"Que golpe é esse? Seu professor já te ensinou isso? O que é uma ditadura? E um golpe? Para a esquerda, ditadura é quando não é ela que está no poder e golpe é quando eles saem do poder. Em 2016 e em 1964, foi o Congresso, com amplo apoio popular, que destituiu os presidentes", afirmou, em postagem feita no Twitter.

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A mensagem segue acompanhada por um vídeo de 2min03s no qual o parlamentar afirma que o Congresso declarou vago o cargo de presidente da República e que o general Castelo Branco, primeiro presidente do período da ditadura, foi eleito pelo "mesmo método" que elegeu Tancredo.

"Sem ter disparado um tiro, sem que tivesse morrido uma pessoa. Que golpe é esse com grande amparo popular?", questionou o deputado. "Repara só. Várias pessoas estavam nas ruas, a imprensa, o próprio Jair Bolsonaro fala muito bem sobre isso. O Congresso Nacional declarou vago o cargo de presidente da República no dia 2 de abril. No dia 9 de abril ocorreu uma eleição aqui no Congresso, que elegeu o general Castelo Branco, que foi o mesmo método utilizado para eleger Tancredo Neves, ou seja, a votação indireta."

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No dia 31 de março de 1964, as tropas do general Olímpio Mourão Filho marcharam de Minas Gerais em direção ao Rio de Janeiro, dando início ao golpe militar. A ação, que na época foi apoiada por setores conservadores da sociedade, Igreja Católica e parte da imprensa, era uma resposta aos planos de reestruturação propostos pelo então presidente João Goulart, que, para eles, transformaria o País em uma sociedade comunista. No dia 9 de abril, Castelo Branco assumiu o poder.

O parlamentar ainda afirma que "um povo sem memória é um povo sem cultura", que fica "refém de qualquer pessoa do governo, de qualquer pessoa que tem uma índole mais autoritária". Eduardo Bolsonaro diz que a esquerda quer "reescrever a história". Com informações do Estadão Conteúdo.

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