Por reforma, Bolsonaro inicia articulação com nomes da 'velha política'
Estão previstos encontros com Geraldo Alckmin (PSDB), Romero Jucá (MDB), Ciro Nogueira (PP), Marcos Pereira (PRB), Antonio Carlos Magalhães Neto (DEM), Eurípedes de Macedo Júnior (PROS) e Antonio Carlos Rodrigues (PR)
© REUTERS / Adriano Machado (Foto de arquivo)
Política Declaração
O ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni (DEM), afirmou que a série de encontros entre o presidente Jair Bolsonaro (PSL) e os o dirigentes dos principais partidos políticos é o primeiro passo para abrir o governo às outras legendas.
Oficialmente, só o PSL faz apoio formal ao governo, o que não se traduz necessariamente em cargos. Para o ministro, primeiro é necessário o diálogo para depois convidar e "abrir as portas". "Para que tenhamos uma base constituída, a gente precisa dialogar, convidar e abrir as portas. É o que nós estamos fazendo", afirmou o ministro nesta quarta-feira, 3, após reunião com da Executiva do DEM no Congresso.
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Bolsonaro recebe os presidentes das siglas para tratar da aprovação da reforma da Previdência na Câmara e no Senado. O presidente do PSDB e ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin é um dos que vão participar da reunião com Bolsonaro nesta quinta-feira, 4. Também estão previstos encontros com Romero Jucá (MDB), Ciro Nogueira (PP), Marcos Pereira (PRB), Antonio Carlos Magalhães Neto (DEM), Eurípedes de Macedo Júnior (PROS) e Antonio Carlos Rodrigues (PR).
Segundo o ministro, após a rodada de conversas, o governo vai fazer o convite ao partidos e "abrir as portas". De acordo com ele, a construção da base será expressada na votação da reforma da Previdência. Lorenzoni disse ainda que a consolidação do apoio passa pelas direções partidárias.
Questionado se seria um convite aos partidos para participar do governo, ele respondeu: "é o que estamos fazendo. Abrindo as portas para que (com) os presidentes dos partidos pela via institucional, transparente, a gente faça um diálogo a favor do País."
O encontro com o presidente do DEM era o único que estava marcado. ACM Neto ao lado de Lorenzoni tentam reconstruir as pontos entre Bolsonaro e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia. Aliados chegaram a cogitar um jantar ainda nesta quarta-feira quando Bolsonaro chegasse da viagem a Israel. Mas os dois recusaram.
O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), ofereceu para intermediar um encontro entre Maia e Bolsonaro, mas novamente o convite foi recusado pela dupla. Um dos responsáveis pela aproximação nos bastidores afirmou à reportagem: "É momento de fugir dos holofotes".
Base
Os dirigentes partidários têm o primeiro encontro formal com o presidente Jair Bolsonaro nesta quinta-feira. "Declaro de antemão que não vamos pedir nada ao presidente. Nem hoje e nenhum dia vou participar de discussão com o presidente sobre cargos", disse ACM Neto
Questionado se haveria encontro entre os dirigentes para alinhar o discurso com Bolsonaro, ACM Neto rejeitou: "Não vou participar de reunião a não ser esta do Democratas (disse em relação a possibilidade de um encontro de ajustes com outros presidentes que serão recebidos pelo presidente)".
"Não vamos participar de movimento coletivo para criar dificuldades para depois colher dificuldades."