Meteorologia

  • 22 DEZEMBRO 2024
Tempo
--º
MIN --º MÁX --º

Edição

Em meio a articulação, Alckmin diz que se reunirá com Bolsonaro

O presidente afirmou, durante sua viagem a Israel, que passará a dedicar mais tempo a reuniões com congressistas, líderes e dirigentes partidários

Em meio a articulação, Alckmin diz que se reunirá com Bolsonaro
Notícias ao Minuto Brasil

15:15 - 03/04/19 por THAIS BILENKY, para Folhapress

Política Encontro

THAIS BILENKY - BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O presidente Jair Bolsonaro (PSL) e o ex-governador paulista Geraldo Alckmin, presidente nacional do PSDB, terão uma reunião na quinta-feira (4), revelou o tucano à Folha de S.Paulo.

O encontro faz parte do esforço de articulação de Bolsonaro para formar uma base aliada no Congresso e aprovar a reforma da Previdência.

O presidente afirmou, durante sua viagem a Israel, que passará a dedicar mais tempo a reuniões com congressistas, líderes e dirigentes partidários.

Ele também marcou audiências com os presidentes do DEM, ACM Neto, do PP, Ciro Nogueira, do MDB, Romero Jucá, do PRB, Marcos Pereira, e do PSD, Gilberto Kassab.

+ Bolsonaro vai convidar partidos a integrar base aliada, diz Onyx

Bolsonaro e Alckmin foram adversários na campanha eleitoral de 2018. Candidato que conseguiu o apoio do centrão, o tucano fez duro embate com o capitão reformado.

Ao longo da disputa, Alckmin chamou Bolsonaro de "candidato da bala" e o associou a atraso.

"O que anda para trás é caranguejo. O Brasil não vai regredir. Bolsonaro e PT é a mesma coisa, corporativismo puro, não tem interesse público", chegou a dizer o tucano.

"Estou aguardando alguém da sua laia me chamar de corrupto", reagiu Bolsonaro à época.

Os embates também chegaram aos programas de TV.

A campanha de Alckmin pôs no ar vídeos mostrando o adversário xingando e empurrando mulheres. "Você gostaria de ser tratada deste jeito?", questionava a peça.

+ Sérgio Cabral foi 'arrecadador de propinas' de Pezão, afirma MP

O hoje presidente respondeu em entrevistas e nas redes sociais, já que possuía ínfimo tempo de televisão. "Está o chuchu me atacando o tempo todo. Aquele cara acusado de roubar a merenda de nossos filhos", afirmou, citando a máfia da merenda, que levou políticos paulistas à prisão por suspeita de recebimento de propina.

O encontro nesta semana será o primeiro entre os dois anunciado publicamente.

A agenda do presidente com dirigentes partidários é uma guinada em sua postura. Desde a campanha eleitoral, Bolsonaro desprezava a articulação política tradicional.

Sem conversar diretamente com dirigentes, ele tentou costurar alianças com partidos por meio de aliados.

Foi assim com o ex-senador Magno Malta (PR-ES). Bolsonaro convidou o então amigo para a vice em sua chapa, o que traria o tempo de TV do PR para sua candidatura. Não conseguiu -o PSL fechou aliança apenas com o PRTB do vice Hamilton Mourão.

Depois de empossado, o presidente manteve a retórica contra o que ele chama de velha política, associando articulação com o Congresso a corrupção e fisiologismo.

+ Um ano após prisão de Lula, Haddad sairá em caravana pelo sul do país

Na composição de seu ministério, não deu espaço para indicações de partidos, disse que priorizaria bancadas temáticas em detrimento de legendas e relutou em receber dirigentes.

Nesta semana, prestes a completar cem dias de governo, inflexionou.

"Estou pronto para o diálogo, na medida do possível atendo parlamentares. Alguns acham que estou fazendo pouco. Vamos agora deixar pelo menos meio dia da minha agenda no Brasil para atender deputados e senadores", disse à Record.

Campo obrigatório