Usuários do WeChat nos Estados Unidos processam Donald Trump
A queixa, registrada na sexta-feira em São Francisco, foi apresentada pela organização sem fins lucrativos "US WeChat Users Aliance"
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Tech WeChat
Usuários do aplicativo WeChat nos Estados Unidos estão processando o presidente norte-americano, Donald Trump, numa tentativa de bloquear a ordem executiva que, segundo defendem, impediria o acesso à plataforma chinesa de mensagens extremamente popular nos EUA.
A queixa, registrada na sexta-feira em São Francisco, foi apresentada pela organização sem fins lucrativos "US WeChat Users Aliance" e várias outras pessoas que dizem confiar no aplicativo para trabalhar ou manter contato com familiares na China, garantindo que não são associados ao WeChat, nem à Tencent, multinacional chinesa que detêm o aplicativo.
Os usuários recorreram a um tribunal federal e pretendem impedir a ordem executiva de Trump, alegando que a mesma viola a liberdade de expressão dos utilizadores dos Estados Unidos, o livre exercício da religião e outros direitos constitucionais.
Em 6 de agosto, Donald Trump assinou uma ordem executiva proibindo transações com os proprietários chineses do WeChat e de outro aplicativo de consumo popular, o TikTok, defendendo que ambos são uma ameaça à segurança nacional, política externa e economia norte-americanas.
O chefe de Estado falou de uma "emergência nacional" e acusou a rede social TikTok de espionagem de usuários norte-americanos em nome de Pequim, num contexto de crescentes tensões comerciais e políticas com a China.
As ordens executivas devem entrar em vigor em 20 de setembro, ou 45 dias a partir da data de emissão.
Na quarta-feira, o Presidente dos Estados Unidos disse apoiar uma oferta da Oracle para a compra do TikTok, aplicativo chinês de partilha de vídeos, apesar de estarem já em curso negociações com a Microsoft, segundo a Bloomberg.
Segundo a agência de notícias econômicas, a empresa informática Oracle, cujo presidente, Larry Ellison, ofereceu milhões de dólares em fundos para a campanha presidencial de Trump, estará na corrida para a aquisição das atividades do TikTok nos Estados Unidos, Canadá, Austrália e Nova Zelândia.
A administração Trump deu 90 dias ao grupo chinês proprietário do TikTok, ByteDance, para vender rapidamente as operações da rede nos Estados Unidos, sob pena de as bloquear no país.