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Este peixe robô aterroriza espécies invasoras

Os cientistas construíram o robô para se parecer e se mover como o predador natural do peixe-mosquito

Este peixe robô aterroriza espécies invasoras
Notícias ao Minuto Brasil

08:41 - 24/12/21 por Notícias ao Minuto Brasil

Tech Roubo

Há um robô que se parece com um achigã e que é eficaz a prevenir que peixes-mosquito comam girinos (sapos bebês), muito vulneráveis a este predador, de acordo com um estudo publicado pela revista iScience.

Os peixes-mosquito são uma praga no mundo inteiro há mais de 100 anos, e estes novos peixes robóticos podem ser uma grande vantagem para os ecossistemas ameaçados por estas espécies invasoras.

Os cientistas construíram o robô para se parecer e se mover como o predador natural do peixe-mosquito: o achigã. O robô usa "visão computacional" para detectar peixes-mosquito quando estes se aproximam dos girinos. Quando o roubo "vê" um destes peixes, move-se para assustar o predador do girino.

"As espécies invasoras são um grande problema em todo o mundo e são a segunda causa da perda de biodiversidade", diz um dos autores do estudo, Giovanni Polverino, da University of Western na Austrália, citado pelo jornal Eurekalert. "A nossa abordagem de usar robótica para revelar as fraquezas de uma praga incrivelmente bem-sucedida abrirá a porta para melhorar as nossas práticas de controlo dos ecossistemas e combater espécies invasoras".

Para conduzir o estudo, os cientistas montaram tanques com peixes-mosquito e girinos. Em seguida, colocaram lá dentro o novo robô. Na experiência os cientistas descobriram que o robô foi eficaz a afastar os peixes-mosquito. 

A ansiedade que o robô criou no peixe-mosquito alterou seu comportamento, fisiologia e fertilidade, tornando-os menos eficazes na caça aos girinos durante as cinco semanas do estudo. O peixe-mosquito exposto ao robô tornou-se ainda mais focado na fuga do que na reprodução.

No futuro, esta nova descoberta vai poder ser posta na natureza. No entanto, embora os resultados do estudo sejam promissores, ainda terão de ser feitos mais testes. Esta nova abordagem para dominar a vida marinha invasiva pode ser o começo para o fim desta praga com mais de um século.

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