Einstein, teletransporte e o misterioso "Experimento Filadélfia" -

Em 1955, surgiram detalhes de um experimento militar conduzido pela Marinha dos EUA que têm persistido como uma bizarra conspiração da Segunda Guerra Mundial. De acordo com uma testemunha, doze anos antes, um navio de guerra havia desaparecido repentinamente de um estaleiro da Filadélfia. E reapareceu minutos depois em outro lugar. O que tinha acabado de acontecer? Essa é uma história incrível que envolve Albert Einstein, a teoria do teletransporte e a possibilidade de vida extraterrestre. Fato ou ficção? Você decide.

Clique e reviva o momento em que culparam alienígenas pelo desaparecimento de um navio de guerra.

© <p>Getty Images/Shutterstock</p>

Perguntas sem resposta -

Essa é uma das grandes perguntas sem resposta: existe vida fora da Terra? E se houver, podemos assumir que é uma vida benigna e inteligente? Há alguma ligação entre acontecimentos extraterrestres e um evento que supostamente ocorreu em 1943? Esse foi um incidente tão bizarro que tem gerado inúmeras teorias da conspiração desde então.

© <p>Shutterstock</p>

Contexto -

Em 1º de outubro de 1943, as forças armadas americanas começaram a libertar a Itália na luta contra o fascismo na Europa. No entanto, no final daquele mês, funcionários do governo dos EUA estariam preocupados com uma situação muito mais próxima de casa.

© <p>Getty Images</p>

O que aconteceu ao USS Eldridge? -

Lá no Estaleiro Naval da Filadélfia, na Pensilvânia, o USS Eldridge, um contratorpedeiro de escolta, estava prestes a entrar para os livros de história. A embarcação supostamente desapareceu no que ficou conhecido como "Experimento Filadélfia".

Imagem: Marinha dos EUA

© <p>Public Domain</p>

Desaparecimento na Filadélfia -

Em 28 de outubro daquele ano, o contratorpedeiro e sua tripulação teriam desaparecido repentinamente sem deixar rastros. Testemunhas mais tarde falaram sobre um estranho brilho verde-azulado emanando do casco do navio pouco antes de seu desaparecimento.

© <p>Getty Images</p>

Reaparecimento na Virgínia -

De acordo com pessoas no solo, o USS Eldridge foi então visto no Estaleiro Naval de Norfolk, na Virgínia, a 482 km de distância, antes de desaparecer novamente e reaparecer na Filadélfia.

Imagem: Marinha dos EUA

© <p>Public Domain</p>

Uma testemunha -

O que tinha acabado de acontecer? O marinheiro mercante Carl Allen (1925-1994) é um dos que afirmaram ter testemunhado o episódio paranormal. Ele afirmou que estava no convés do navio SS Andrew Furuseth quando o Eldridge desapareceu.

© <p>Shutterstock</p>

Bizarro o suficiente para enlouquecer qualquer um -

A história, compilada de acordo com o relato de Allen em documentos militares confidenciais, conta que a embarcação se perdeu de vista por vários minutos. Quando reapareceu, sua tripulação supostamente havia sofrido vários efeitos colaterais, incluindo insanidade, o que acabou colocando alguns em instituições mentais. Alarmantemente, outros teriam sido fundidos com o navio: sobreviveram, mas com membros selados ao metal.

© <p>Getty Images</p>

Invisível no radar -

Allen acreditava que o que havia testemunhado era um experimento da Marinha dos EUA para tornar navios de guerra invisíveis aos radares e, assim, capazes de comandar os oceanos contra as potências do Eixo.

© <p>Getty Images</p>

Prova científica? -

A crença de Allen foi reforçada pelo fato de Albert Einstein (1879-1955) já ter tentado unificar sua teoria geral da relatividade com o eletromagnetismo. Em outras palavras, tentando combinar gravidade e eletromagnetismo, aproveitando o poder de ambos dentro de algum tipo de dispositivo que poderia ajudar a explicar o súbito desaparecimento do USS Eldridge.

© <p>Getty Images</p>

Teoria do campo unificado -

Einstein chamou sua fascinante (mas não comprovada) pesquisa de teoria do campo unificado, aqui retratada e explicada em uma carta enviada pelo célebre físico a seu colega matemático, Ernst G. Straus.

© <p>Getty Images</p>

Troca de cartas anônima -

No início de 1956, Carl Allen, usando o pseudônimo Carlos Miguel Allende, enviou uma série de cartas a Morris K. Jessup, autor do livro 'The Case for the UFO'. Em uma dessas correspondências, Allende alertou Jessup para não investigar a levitação de objetos voadores não identificados, apontando as consequências do quase desastroso Experimento Filadélfia. Ao mesmo tempo, Allende também enviou outro exemplar do livro de Jessop para o Escritório de Pesquisa Naval.

© <p>Getty Images</p>

Uma interferência alienígena pode ter alguma coisa a ver com isso? -

A cópia recebida pelo Escritório de Pesquisa Naval em Arlington, Virgínia, continha várias notas manuscritas sugerindo que a tecnologia extraterrestre permitiu que o governo dos EUA fizesse avanços na teoria do campo unificado.

© <p>Getty Images</p>

O Escritório de Pesquisa Naval ficou sabendo -

Acreditando que foi Jessop quem lhes enviou uma cópia de seu próprio livro, o Escritório de Pesquisa Naval convidou-o para ia a Arlington, onde lhe foi mostrada a versão com anotações. Jessop ficou confuso, mas reconheceu a caligrafia como aquela pertencente ao misterioso Allende.

© <p>Getty Images</p>

Morte auto-infligida ou assassinato misterioso? -

O Escritório de Pesquisa Naval, por causa das suspeitas provocadas pelas revelações de Allende, começou a investigar o Experimento Filadélfia. Enquanto isso, Jessop, que não tinha a menor ideia de qual era a verdadeira identidade de Allende, tornou-se obcecado pelo experimento e suas possíveis ligações com formas de vida alienígenas. Porém, em 30 de abril de 1959, Morris K. Jessup foi encontrado morto em seu carro.

© <p>Getty Images</p>

Fato ou fantasia? -

Jessop, já perturbado e desanimado, aparentemente havia tirado a própria vida: uma mangueira havia sido levada do escapamento para uma janela do veículo, o que fez com que o autor sucumbisse à fumaça tóxica. Jessop tinha tentado escrever mais livros sobre tecnologia ufológica, mas suas ideias foram consideradas pura fantasia por sua editora.

© <p>Getty Images</p>

Uma teoria da conspiração? -

A depressão foi citada como a razão mais provável por trás de decisão de Jessop de acabar com tudo. No entanto, surgiu uma teoria da conspiração sugerindo que, para silenciá-lo, ele havia sido assassinado antes de revelar mais detalhes sobre os eventos na Filadélfia.

© <p>Getty Images</p>

Uma enganação é revelada -

Dez anos depois, em 1969, Carl Allen admitiu à Aerial Phenomenona Research Organization que o Experimento Filadélfia havia sido uma farsa. A maioria dos governantes já havia chegado à mesma conclusão. No entanto, essa declaração provou ser uma bomba para aqueles que realmente acreditavam que um navio de guerra tinha sido, de alguma forma, teletransportado de um local para outro por uma mão extraterrestre.

© <p>Getty Images</p>

Fatos não existentes -

Questionado por que havia escrito as anotações falsas que sugeririam a implementação de tecnologia alienígena, Allen respondeu que queria "assustar Jessup".

Imagem: Marinha dos EUA

© <p>Public Domain</p>

O que realmente aconteceu? -

Então, o que realmente aconteceu em 28 de outubro de 1943? Tanto o Eldridge quanto o outro navio, o USS Engstrom, estavam atracados a seco no Estaleiro Naval da Filadélfia.

© <p>Getty Images</p>

Cargueiro classificado como secreto -

De acordo com o site Military.com, ambos os navios tinham dispositivos classificados como secretos a bordo, mas nenhum deles tinha sido construído com capas de invisibilidade futuristas ou máquinas de teletransporte projetadas por alienígenas.

© <p>Getty Images</p>

Sistema de defesa contra submarinos -

Em vez disso, esses instrumentos embaralhavam as assinaturas magnéticas dos navios usando a técnica de desmagnetização, um processo no qual sistemas de cabos elétricos são instalados ao redor da circunferência do casco de um navio. Quando ativados, eles anulariam o campo magnético da embarcação. Esta corrente elétrica efetivamente fornecia proteção contra torpedos magnéticos lançados por submarinos.

© <p>Getty Images</p>

Eletricidade no ar -

Mas e o estranho brilho relatado por Allen? Isso pode ser explicado por uma tempestade elétrica, ou pelo fogo de santelmo, um fenômeno natural em que plasma é criado em um forte campo elétrico, emitindo um brilho forte e incandescente.

© <p>Shutterstock</p>

Sem registro -

E esse fato talvez seja o mais conclusivo de tudo: registros no Naval History and Heritage Command foram repetidamente pesquisados, mas não foi localizado nenhum documento que confirme o evento ou qualquer interesse da Marinha em tentar tal experimento.

© <p>Shutterstock</p>

'Projeto Filadélfia' (1984) -

Mas esse não é bem o fim dessa misteriosa saga. Em 1984, o filme 'Projeto Filadélfia' foi lançado.

© <p>NL Beeld</p>

O estranho caso de Alfred Bielek -

Baseado na lenda urbana, o filme foi um esforço para recriar os eventos de 1943. Acontece que um homem chamado Alfred Bielek, que acabou assistindo o filme, afirmou que a narrativa reativou uma memória há muito suprimida sobre a existência do Eldridge e o episódio de teletransporte.

© <p>NL Beeld</p>

Acusações de encobrimento -

Aparentemente um dos dois únicos sobreviventes conhecidos daquele dia notável, Bielek falou sobre o estresse com o qual teve que lidar como resultado do subsequente encobrimento que manteve o Experimento Filadélfia sob sigilo por décadas.

© <p>Shutterstock</p>

Um alienígena preso? -

Mas Bielek perdeu um pouco a credibilidade quando também insistiu que a Marinha dos EUA havia de fato capturado um alienígena durante o processo.

© <p>Shutterstock</p>

A realidade da invisibilidade -

O que é real é o fato de que a invisibilidade pode um dia ser uma realidade. Ao dobrar a luz de todos os comprimentos de onda ao redor de um objeto, independentemente de sua forma, tanto as metalenses (ou metalentes, uma tecnologia de lente plana) quanto os metamateriais (meios compostos que podem ser projetados para exibir propriedades eletromagnéticas únicas) oferecem o potencial de efetivamente "encobrir" qualquer objeto.

© <p>Shutterstock</p>

Disfarce nos dias de hoje -

No momento, a Força Aérea dos Estados Unidos tem em operação seu bombardeiro furtivo, cuja forma peculiar desvia feixes de rádio, tornando a detecção por radar muito mais lenta e muito mais difícil.

Fontes: (Military.com) (Naval History and Heritage Command)

© <p>Getty Images</p>